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sábado, 9 de junho de 2012

A placidez do técnico Oswaldo incomoda...


OPINIÃO DO TORCEDOR





O técnico Oswaldo de Oliveira do Botafogo se esforça em demonstrar uma tranquilidade frente às câmeras que causa preocupação ao torcedor.
Aqui, à distância, fico pensando quais seriam os motivos de tanta serenidade diante dos problemas que já se apresentam com certa frequência, no pouco tempo de trabalho do professor. Seria a vivência com a cultura japonesa a fonte de tanta placidez ao agir e falar?

Nesse aspecto, cabe registrar um único deslize ocorrido no jogo de estreia contra o São Paulo, quando o treinador questionou, com veemência incomum, o tratamento desigual dado pelo árbitro as duas equipes. O episódio lhe custou a expulsão da partida. Apesar desse quiprocó todo, o time se houve bem e conseguiu virar o placar a seu favor em duas oportunidades, diante de sua torcida, fato exaltado pela mídia e por todos que viram a partida.

Seguindo nas considerações iniciais, estamos levando em conta, tanto os inúmeros desfalques da equipe, que se mostraram importantes e vem prejudicando o entrosamento e dinâmica de jogo, quanto o fato da competição estar apenas se iniciando, quando qualquer pitaco que seja deve ser seguido de ponderação. Porém, algumas situações vêm se repetindo sem que o time mostre evolução.

Conforme publicado na imprensa, ao falar sobre a derrota para o Cruzeiro ocorrida na última quinta-feira, o treinador alvinegro não quis se aprofundar na análise do desempenho do time nessas três rodadas do Brasileirão por achar prematura uma avaliação mais profunda da campanha até aqui. Parece que ele foi sensato.


Oswaldo de Oliveira - (Foto:Cleber Mendes/Lancepress!)
Só que, pelo termômetro das redes sociais, grande parcela de culpa por essa derrota inesperada, em casa, foi creditado na sua conta. A voz corrente entre os que se manifestaram na rede era de que ele novamente, como ocorreu no primeiro jogo contra o Fluminense pela decisão do Cariocão, se mostrou exitante em tomar decisões diante de "uma tragédia anunciada".

O estado de letargia demonstrado pelo treinador e sua inércia diante da situação, tirou do Botafogo a possibilidade de conter o sufoco que o adversário lhe impôs desde o início do segundo tempo. Faltou uma correta leitura da situação de eminente desastre por parte do professor e a devida ação no sentido de conte-lo.

Esperava-se alguma atitude capaz de quebrar o ritmo de jogo, a favor da sua equipe, mesmo que fossem os manjados artifícios e estratégias utilizadas para barrar os contra-ataques dos adversários, os mesmos utilizados pelo Cruzeiro no primeiro tempo, quando foi amplamente dominado por nós. O time celeste abusou desse expediente cometendo faltas seguidas que foram sistematicamente ignoradas pela arbitragem.


Outra possibilidade seria a mudança de posicionamento dos jogadores em campo ou mesmo, em casos extremos como acabou por se configurar essa partida, a substituição das peças a tempo e a hora de surtirem os efeitos desejados e não mais, após os 30 minutos, como de praxe entre os treinadores.


Desde o início da etapa complementar que alguns jogadores davam sinais de fadiga como foi o caso do Maicosuel - pouco produtivo nessa e nas últimas partidas e de Andrezinho, que voltava de longa inatividade.

O Cruzeiro, desde o início da segunda etapa, foi superior ao Botafogo em entusiasmo e aplicação. Aproveitou o acerto das modificações feitas por Celso Roth para fazer seu primeiro gol, empatar a partida e virar o placar, tudo em parcos seis minutos. Onde estava o nosso comandante Oswaldo nessa hora que não gritou ao time: estamos sendo atacados... reorganizem as fileiras...só vamos na boa!

O Botafogo sente a falta de um comandante dentro das quatro linhas. Um homem capaz de assumir a responsabilidade de gritar com o time nas situações de crise de jogo. Renato parece que não é esse cara. Falta-lhe a liderança nata. El Loco tem algumas qualidades, mas parece desmotivado em assumir essa condição. Ausente do time a muitos jogos por motivos variados, o time mostra sentir sua falta nesse aspecto e na composição do sistema defensivo, mais especificamente, nas bolas paradas que tem sido nosso grande martírio nos últimos jogos. Levamos seis gols, em três partidas.

O resultado de quinta-feira foi frustrante pra torcida, por ter sido a mais fácil das três partidas e por ter ocorrido de forma inesperada e dolorosa, em casa, depois de uma sequência excelente de vitórias. É de deixar qualquer um cabreiro pra sequência do campeonato. No cômputo geral, essa derrota de virada anulou a vitória também de virada sobre o Coxa, em Curitiba.

Vida que segue, pois não há mais tempo pra se lamentar. A esperança é que esse resultado não repercuta de maneira negativa no próximo compromisso contra o Náutico, nesse domingo, nos Aflitos. Eu acredito!


Felip@odf/BotafogoDePrimeira

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