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sábado, 8 de setembro de 2012

Completado um mês de recuperação do gramado do Engenhão




Engenheiro Artur Melo explica como está trabalhando para melhorar a condição da grama 


Imagens do gramado do Engenhão (Foto: Bruno de Lima)
Há um mês, gramado do Engenhão estava
 destruído (Foto: Bruno de Lima)
 
O trabalho de recuperação do gramado do Engenhão feito pelo Botafogo completa, neste sábado, um mês. Em parceria com a Brahma, o clube contratou máquinas de iluminação artificial.

Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, o engenheiro agrônomo Artur Melo explicou o trabalho que está sendo feito no gramado. Segundo ele, até o número de sementes plantadas foi mudado para melhorá-lo.

– Tivemos de nos adaptar às novas máquinas, acertar horários e ao tempo de usos delas. Por outro lado, não foi só a iluminação, modificamos a adubação, aplicamos até um maior número de sementes – disse.

Além do investimento do Botafogo, a CBF tem tentado diminuir o número de jogos no Engenhão para um por semana. Apesar de alguma melhora do gramado, o engenheiro fez questão de avisar que ainda não é o ideal. Para ele, o palco estará praticamente perfeito entre 10 e 15 dias:

– Foi uma boa melhora, mas a faixa central do campo ainda está um tanto castigada. Entre 10 e 15 dias estará totalmente recuperada. Ainda não estou satisfeito. Vamos trabalhar pra que ele fique muito melhor.

Máquinas de iluminação artificial são utilizadas pelo Botafogo no Engenhão (Foto: Vinícius Perazzini)
Por fim, Artur criticou duramente alguns comentários recentes sobre o Engenhão. Ele acredita que alguns jogadores e treinadores utilizam a condição ruim da grama para culpar fracas atuações dos pessoais ou dos seus times:

- Muitas vezes um atleta ou um membro de comissão técnica usa o gramado como desculpa para uma performance ruim. No futebol, a única regra perfeita é o gramado. É para todos. Se estiver ruim, você joga 45 minutos no lado bom e outros 45 no lado ruim. Temos de parar com isso.


Walace Borges  Leia mais no LANCENET!



Oswaldo define time com Brinner na zaga e Lima na lateral-esquerda


Treinador comandou um coletivo na manhã deste sábado, no Engenhão, e confirmou os jogadores que irão substituir os suspensos Fábio Ferreira e Márcio Azevedo


Oswaldo de Oliveira - Botafogo (Foto: Dhavid Normando)
Oswaldo de Oliveira definiu a equipe que enfrenta
o Náutico no domingo (Foto: Dhavid Normando)
 
O Botafogo está pronto para enfrentar o Náutico, neste domingo, às 16h, no Engenhão, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o treino desta manhã, o técnico Oswaldo de Oliveira definiu o time titular com Brinner na zaga e Lima na lateral-esquerda. Os dois vão substituir os suspensos Fábio Ferreira e Márcio Azevedo.

Sob um sol forte, os jogadores fizeram uma atividade tática e logo em seguida disputaram o treinamento coletivo, onde o treinador demonstrou o time que vai começar jogando. Essas serão as duas únicas mudanças em relação ao time que venceu o Cruzeiro no meio da semana, em Belo Horizonte.
Dessa forma, o Botafogo vai entrar em campo com: Renan; Lucas, Brinner, Dória e Lima; Gabriel, Jadson, Fellype Gabriel, Andrezinho e Seedorf; Elkeson.

Nesta mesma atividade, os lesionados Antônio Carlos, Vitor Júnior e Rafael Marques treinaram separado e correram em volta do gramado. O departamento médico do clube, no entanto, ainda não estipulou uma data para a volta dos jogadores. Márcio Azevedo, suspenso, saiu mais cedo, mas não preocupa.

Na sétima posição do Brasileirão, com 34 pontos, o Botafogo busca uma vitória diante da equipe pernambucana para poder diminuir a vantagem para o G4, que atualmente é de cinco pontos.


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Superação de ex-lateral-esquerdo dá motivação para elenco do Botafogo


Time recebe visita de jogador que fez História pelo clube durante a década de 1990 no vestiário do Engenhão e se espelha em exemplo de vida para batalhar e jamais desistir



Botafogo x São Paulo - Taça Rio-São Paulo de 1998 - Jefferson (Foto: Júlio César Guimarães)
Jefferson jogou no Botafogo durante a década
de 1990 (Foto: Júlio César Guimarães)
 
Desistir jamais. Este é o lema atual do Botafogo, pensamento reforçado no último domingo, após visita especial ao vestiário do Engenhão depois da vitória sobre o Coritiba. Jefferson, lateral-esquerdo do Glorioso em 1995 e que sofre com grave lesão cerebral que afetou os movimentos dele, foi levado ao contato do elenco atual pelos ídolos Carlos Alberto Torres e Wilson Gottardo. A emoção do momento fez o grupo alvinegro formar um pacto de superação.

Aos 31 anos, em 2001, Jefferson contraiu a Síndrome de Behçet, uma doença rara e causada por baixa imunidade, que pode ser transmitida através da ingestão de frutas ácidas ou chocolate. Em 2002, quando estava em transferência do Atlético-MG para o Juventude, o jogador sofreu perda repentina dos movimentos corporais. No caso dele, a lesão aconteceu no cérebro, resultando em paralisia total e perda da fala. Não há cura para o problema e, durante anos, ele só conseguiu se comunicar através do movimento dos olhos.

Morador de Pato Branco (PR), cidade natal dele, e em constante batalha pela vida, Jefferson é sempre conduzido pela esposa Adriana Oltramari para as inúmeras sessões de fisioterapia e hidroterapia que o fizeram recuperar os movimentos da mão direita. Por intermédio de um amigo em comum, o ex-jogador foi acolhido recentemente por Carlos Alberto Torres, que conseguiu o apoio do Botafogo para financiar uma viagem para consulta médica no Rio, o que ocorreu na semana passada, com direito a ida ao Engenhão para mudar o rumo do time atual no Brasileirão.

- Ficamos muito emocionados e aprendemos uma lição. Todos no vestiário viram o quanto é importante batalhar na vida. Ele nos deixou um estímulo para sempre fazer o melhor, dar valor a tudo e não desistir - disse o volante Renato.

Jefferson, de 42 anos, já deixou frutos no Alvinegro. Na quarta-feira, o time venceu de virada por 3 a 1 o Cruzeiro, em Minas, brigando até o fim. Pelo visto, luta não vai faltar ao Glorioso até dezembro.

EMOÇÃO NA VOLTA À ROTINA
Se nos tempos em que jogava, Jefferson entrava no vestiário com os companheiros de clube, no último domingo ele entrou empurrado na cadeira de rodas pelo filho Pedro Henrique, de 15 anos. Ao lado dele, emocionou a todos ao ser saudado pelos jogadores que tinham acabado de vencer o Coritiba:
- Eu me emocionei muito, pois o Jefferson ali voltou a ficar no meio dos jogadores, algo que foi a vida dele. Os jogadores fizeram uma corrente com ele, o abraçaram e deram uma camisa de jogo. Foi muito legal – disse a esposa Adriana, detalhando a emoção dele:

- Vimos muitas reações de felicidade. Ele tem muito carinho pelo Botafogo, foi o clube pelo qual ele mais jogou. Estar ali foi muito representativo para ele.

BATE-BOLA
Adriana Oltramari
Esposa de Jefferson, em entrevista exclusiva ao LANCE!
Há quanto tempo o Jefferson sofre com está doença?

Há 11 anos. Na verdade, não há uma causa conhecida de como ele contraiu. Essa doença costuma dar diretamente nas articulações, mas a dele deu no cerebelo, afetando os movimentos e a fala.
Como se deu a viagem ao Rio?

Um amigo acompanhou a história do Jefferson e conversou com o Carlos Alberto Torres para ver se conseguia uma consulta no Rio com um renomado neurologista. O Botafogo pagou nossas passagens, hospedagem e consulta. Foi muito gentil.
O que o médico constatou?

Ele confirmou a Síndrome de Behçet e disse que o tratamento que fazemos atualmente é o correto. Viemos ao Rio na esperança de ter surgido alguma medicação nova, mas isso ainda não existe.
Está previsto uma nova ajuda da diretoria do Botafogo?

Peço a Deus para que venha ajuda. Carlos Alberto se prontificou a ver todo tipo de ajuda com o Botafogo. Ele é o intermediário. O Botafogo foi muito prestativo em tudo.

COM A PALAVRA
Wilson Gottardo - Ex-zagueiro do Botafogo, em entrevista ao LANCE!
Levamos o Jefferson lá no vestiário no domingo. Foi emocionante, ele chorou muito. Vitor Júnior o abraçou e foi muito carinhoso. Oswaldo também, que é uma pessoa muito atenciosa e carinhosa, lhe deu uma camisa e ele chorou muito.

Expliquei para o Seedorf que ele foi jogador do Botafogo. Seedorf é um gentleman. Foi muito carinhoso também. É importante para os filhos dele também, para que saibam que o pai deles é importante e é querido pelo que fez e pelo que é.

A SÍNDROME DE BEHÇET
A Síndrome de Behçet é uma inflamação dos vasos sanguíneos de pequeno e grande calibre de causa desconhecida.  O sistema imunitário, que por norma protege o organismo de agentes estranhos e infecções, passa a produzir inflamações que podem afetar qualquer parte do corpo.

FICHA TÉCNICA
Nome: Jefferson Vieira da Silva
Nascimento: 25/8/1970, em Londrina (PR)
Posição: Lateral-esquerdo
Títulos pelo Botafogo: Carioca e Teresa Herrera (97) e Rio São Paulo (98)
No Botafogo: 239 jogos e 9 gols. Atuou em 1991, 1992, 1994, 1995, 1996 e 1998.


Alexandre Braz
Tiago Pereira
Vinícius Perazzini  Leia mais no LANCENET! 



Superação de ex-lateral-esquerdo dá motivação para elenco do Botafogo




Time recebe visita de jogador que fez História pelo clube durante a década de 1990 no vestiário do Engenhão e se espelha em exemplo de vida para batalhar e jamais desistir



Botafogo x São Paulo - Taça Rio-São Paulo de 1998 - Jefferson (Foto: Júlio César Guimarães)
Jefferson jogou no Botafogo durante a década
de 1990 (Foto: Júlio César Guimarães)
 
Desistir jamais. Este é o lema atual do Botafogo, pensamento reforçado no último domingo, após visita especial ao vestiário do Engenhão depois da vitória sobre o Coritiba. Jefferson, lateral-esquerdo do Glorioso em 1995 e que sofre com grave lesão cerebral que afetou os movimentos dele, foi levado ao contato do elenco atual pelos ídolos Carlos Alberto Torres e Wilson Gottardo. A emoção do momento fez o grupo alvinegro formar um pacto de superação.

Aos 31 anos, em 2001, Jefferson contraiu a Síndrome de Behçet, uma doença rara e causada por baixa imunidade, que pode ser transmitida através da ingestão de frutas ácidas ou chocolate. Em 2002, quando estava em transferência do Atlético-MG para o Juventude, o jogador sofreu perda repentina dos movimentos corporais. No caso dele, a lesão aconteceu no cérebro, resultando em paralisia total e perda da fala. Não há cura para o problema e, durante anos, ele só conseguiu se comunicar através do movimento dos olhos.

Morador de Pato Branco (PR), cidade natal dele, e em constante batalha pela vida, Jefferson é sempre conduzido pela esposa Adriana Oltramari para as inúmeras sessões de fisioterapia e hidroterapia que o fizeram recuperar os movimentos da mão direita. Por intermédio de um amigo em comum, o ex-jogador foi acolhido recentemente por Carlos Alberto Torres, que conseguiu o apoio do Botafogo para financiar uma viagem para consulta médica no Rio, o que ocorreu na semana passada, com direito a ida ao Engenhão para mudar o rumo do time atual no Brasileirão.

- Ficamos muito emocionados e aprendemos uma lição. Todos no vestiário viram o quanto é importante batalhar na vida. Ele nos deixou um estímulo para sempre fazer o melhor, dar valor a tudo e não desistir - disse o volante Renato.

Jefferson, de 42 anos, já deixou frutos no Alvinegro. Na quarta-feira, o time venceu de virada por 3 a 1 o Cruzeiro, em Minas, brigando até o fim. Pelo visto, luta não vai faltar ao Glorioso até dezembro.

EMOÇÃO NA VOLTA À ROTINA
Se nos tempos em que jogava, Jefferson entrava no vestiário com os companheiros de clube, no último domingo ele entrou empurrado na cadeira de rodas pelo filho Pedro Henrique, de 15 anos. Ao lado dele, emocionou a todos ao ser saudado pelos jogadores que tinham acabado de vencer o Coritiba:
- Eu me emocionei muito, pois o Jefferson ali voltou a ficar no meio dos jogadores, algo que foi a vida dele. Os jogadores fizeram uma corrente com ele, o abraçaram e deram uma camisa de jogo. Foi muito legal – disse a esposa Adriana, detalhando a emoção dele:

- Vimos muitas reações de felicidade. Ele tem muito carinho pelo Botafogo, foi o clube pelo qual ele mais jogou. Estar ali foi muito representativo para ele.

BATE-BOLA
Adriana Oltramari
Esposa de Jefferson, em entrevista exclusiva ao LANCE!
Há quanto tempo o Jefferson sofre com está doença?

Há 11 anos. Na verdade, não há uma causa conhecida de como ele contraiu. Essa doença costuma dar diretamente nas articulações, mas a dele deu no cerebelo, afetando os movimentos e a fala.
Como se deu a viagem ao Rio?

Um amigo acompanhou a história do Jefferson e conversou com o Carlos Alberto Torres para ver se conseguia uma consulta no Rio com um renomado neurologista. O Botafogo pagou nossas passagens, hospedagem e consulta. Foi muito gentil.
O que o médico constatou?

Ele confirmou a Síndrome de Behçet e disse que o tratamento que fazemos atualmente é o correto. Viemos ao Rio na esperança de ter surgido alguma medicação nova, mas isso ainda não existe.
Está previsto uma nova ajuda da diretoria do Botafogo?

Peço a Deus para que venha ajuda. Carlos Alberto se prontificou a ver todo tipo de ajuda com o Botafogo. Ele é o intermediário. O Botafogo foi muito prestativo em tudo.

COM A PALAVRA
Wilson Gottardo - Ex-zagueiro do Botafogo, em entrevista ao LANCE!
Levamos o Jefferson lá no vestiário no domingo. Foi emocionante, ele chorou muito. Vitor Júnior o abraçou e foi muito carinhoso. Oswaldo também, que é uma pessoa muito atenciosa e carinhosa, lhe deu uma camisa e ele chorou muito.

Expliquei para o Seedorf que ele foi jogador do Botafogo. Seedorf é um gentleman. Foi muito carinhoso também. É importante para os filhos dele também, para que saibam que o pai deles é importante e é querido pelo que fez e pelo que é.

A SÍNDROME DE BEHÇET
A Síndrome de Behçet é uma inflamação dos vasos sanguíneos de pequeno e grande calibre de causa desconhecida.  O sistema imunitário, que por norma protege o organismo de agentes estranhos e infecções, passa a produzir inflamações que podem afetar qualquer parte do corpo.

FICHA TÉCNICA
Nome: Jefferson Vieira da Silva
Nascimento: 25/8/1970, em Londrina (PR)
Posição: Lateral-esquerdo
Títulos pelo Botafogo: Carioca e Teresa Herrera (97) e Rio São Paulo (98)
No Botafogo: 239 jogos e 9 gols. Atuou em 1991, 1992, 1994, 1995, 1996 e 1998.


Alexandre Braz
Tiago Pereira
Vinícius Perazzini  Leia mais no LANCENET!