Páginas

terça-feira, 26 de março de 2013

Assumpção: 'Se for desejo da Federação, vou lutar para ter jogos em Caio Martins'



Presidente do Botafogo se mostrou chateado com perda temporária do Engenhão e disse que ainda não sabe quem vai arcar com os prejuízos financeiros do clube



Caio Martins (Foto: Julio Cesar Guimarães/LANCE!Press)
Caio Martins foi a casa do Botafogo
 entre 1988 e 2004 (Foto: Julio
 Cesar Guimarães/LANCE!Press)
Sem poder contar com o Engenhão por tempo indeterminado, o Botafogo pode recorrer a um velho conhecido para mandar os seus jogos: o estádio Caio Martins, em Niterói. De acordo com Mauricio Assumpção, presidente do clube, dependendo do tempo que o Engenhão ficar fechado e se a Federação desejar, o Glorioso lutará para usar o seu antigo alçapão.

- Infelizmente, a questão do Caio Martins é mais complexa do que podemos imaginar. Não depende só de um laudo técnico ou de uma licença, mas dependendo do tempo que o Engenhão ficar fechado, o Caio Martins vira uma opcão para a Federação. Se assim for do desejo da Federação, vou lutar com todo empenho para ter jogos lá - disse.

O mandatário do Alvinegro se mostrou bastante chateado com a perda do Engenhão, que é uma das principais fontes de renda do clube. E nem o próprio Mauricio ainda sabe quem irá arcar com os prejuízos futuros.

- Tive pouco tempo para digerir essa questão. Ainda não sei o tamanho do prejuízo, mas sei que é grande. Tenho contratos de longa duração, não sei quanto tempo o estádio vai ficar fechado e não sei ao certo quem vai pagar essa conta. Mas os prejuízos precisam ser cobrados de quem deve pagar e nós sabemos os caminhos para essa cobrança. Temos outros compromissos de gravações e de uso do Engenhão que ainda precisamos entender. Amanhã saberemos melhor - finalizou.

O estádio foi construído em 1941. E entre os anos de 1988 e 2004, esteve sob concessão do Botafogo. Porém, o clube acertou a devolução do espaço - que tinha os direitos até 2027 - em troca do espaço onde se situa o CT de Marechal Hermes.


Leia mais no LANCENET! 

Ferj decide transferir jogos de Flu e Bota do Engenhão para São Januário



Reunião na sede da entidade definiu solução para definir rodada do meio de semana




Vascaínos protestam em São Januário (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Casa do Vasco vai receber rivais por conta de interdição do Engenhão (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
A Ferj se reuniu nesta terça-feira à noite com representantes dos quatro grandes do Rio e definiu que os jogos de Fluminense e Botafogo, pela 3ª rodada da Taça Rio, que seriam realizados no Engenhão, vão acontecer em São Januário. O Tricolor vai enfrentar o Macaé às 19h30 desta quarta-feira, enquanto o Alvinegro pega o Friburguense, às 19h30, mas na quinta.

O presidente da entidade, Rubens Lopes, revelou que não haverá venda de ingressos nesta quarta. Somente as entradas já vendidas vão garantir o acesso de torcedores.

- Só ingressos que os torcedores já adquiriram terão validade para o estádio de São Januário. Essa foi a decisão de todos. Muda apenas o trajeto, do Engenhão para São Januário - disse o mandatário.

Como o Engenhão vai ficar interditado por tempo indeterminado, uma nova reunião entre os cartolas vai acontecer nesta quarta-feira, às 10h, para definir o que fazer com os jogos do fim de semana.

- Vamos resolver os problemas de sábado e de domingo. Daí em diante, com mais tranquilidade, com mais tempo para analisar, vamos abrigando os jogos que seriam no Engenhão - disse Rubinho.


Vinícius Perazzini  Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!

Prefeitura do Rio decide interditar Engenhão por falhas na cobertura


Eduardo Paes se baseia em relatórios de construtoras do consórcio e vai discutir atitude em reunião com presidentes de Bota, Fla, Flu e Vasco



Cobertura do Engenhão estaria condenada por
relatório de construtoras (Foto: Janir Júnior)
Após ter acesso a relatórios recentes das construtoras responsáveis pelo projeto, que apontam problemas na estrutura da cobertura do Engenhão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu interditar o estádio imediatamente e convocou os presidentes dos quatro grandes clubes do estado, de acordo com a sua assessoria de imprensa, para uma reunião às 18h desta terça, no gabinete da Prefeitura, no bairro da Cidade Nova, para informar sua decisão e discutir as futuras possibilidades.

O GLOBOESPORTE.COM acompanhará em tempo real todos os detalhes deste encontro, que pode mexer com o calendário do futebol carioca. Haverá uma coletiva posteriormente para explicar as razões da ação.

O fechamento causará impacto já na terceira rodada da Taça Rio, com início nesta quarta-feira, quando o Fluminense enfrenta o Macaé às 19h30m. Nos contatos por telefone, feitos por volta das 15h30m, Paes avisou que a interdição aconteceria por tempo indeterminado e que, provavelmente, este jogo seria adiado. Diante do curtíssimo espaço, o Tricolor acredita que é possível transferi-lo para São Januário, que, então, também receberia, eventualmente, os confrontos válidos pela Taça Libertadores. O presidente Peter Siemsen estará no local.

O diretor executivo do Flu, Rodrigo Caetano, diz que prefere aguardar a informação oficial.

- Vamos aguardar a manifestação oficial do prefeito. Nem a Federação (do Rio) sabe direito o que aconteceu, fomos pegos de surpresa. Tem de ver o que será feito, porque o estatuto do torcedor não permite uma mudança desse jeito. Existem ingressos que foram impressos, um planejamento que foi feito - afirmou Caetano, sobre o compromisso marcado de seu time.

Concessionário do estádio, o Botafogo também admite a convocação, mas garante que "desconhece totalmente" a interdição. O presidente Mauricio Assumpção e o diretor Sergio Landau estarão presentes. Já o Flamengo terá seu mandatário, Eduardo Bandeira de Mello. A diretoria do Vasco, através de Roberto Dinamite, também confirmou que vai ao encontro. O Cruz-maltino, aliás, é o único dos quatro que só vai ao Engenhão para disputar clássicos.

Em virtude do fechamento do Maracanã para a reforma para a Copa das Confederações (no próximo mês de junho) e Copa do Mundo (entre junho e julho de 2014), trata-se da principal arena da cidade desde 2010 e que foi utilizada 90 jogos oficiais em 2012, por exemplo.

O projeto do estádio foi elaborado pelos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes. O consórcio foi vencido pelo Consórcio Odebrecht-OAS, sob fiscalização da Riourbe, da Secretaria de Obras do Município.

Histórico do estádio indica problemas

Construído entre 2004 e 2007, ao custo de R$ 380 milhões, para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o estádio foi alugado ao Glorioso por 20 anos pelo governo César Maia. Em 2010, no entanto, já havia relatórios indicando problemas estruturais em sua origem, que foram confirmados pelo presidente Mauricio Assumpção em ofício com 30 itens, segundo publicação de 25 de março do jornal O Globo. O clube dizia que estava em dia com a manutenção.

O texto citava falhas de projeto e infiltrações, que atingiam as casas de máquinas dos elevadores, "expondo equipamentos delicados ao risco de curto circuito", e "nas juntas de dilatação que sustentam as estruturas". Houve reunião, mas nenhuma obra de magnitude foi realizada. De lá para cá, ocorreram diversos apagões durante jogos, que marcaram negativamente o estádio. Apesar disso, jamais houve um incidente de qualquer tipo.

- Vou olhar com muito carinho os problemas do Engenhão, mas quero esclarecer que não é uma situação de pânico. A situação é perfeitamente administrável - disse Paes, em 2010.

Antes dos Jogos Parapan-Americanos, porém, dois muros desabaram na área interna do estádio, sem feridos. A explicação era que a estrutura era da época da RFF (Rede Ferroviária Federal) e seria substituída, o que acabou acontecendo meses depois.

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

Henrique mantém sina da reserva no Botafogo e mostra irritação em treinos


Henrique teve poucas oportunidades no Botafogo e amarga o banco de reservas
Melhor jogador e artilheiro do Mundial sub-20 em 2011, Henrique retornou ao São Paulo em busca de uma sequência no time titular. Sem espaço, rodou por mais dois times até chegar ao Botafogo no início de 2013. O atacante não conseguiu se firmar na equipe principal em sua trajetória nestes clubes e perdeu a concorrência para seus companheiros. O mesmo voltou a ocorrer no Alvinegro, onde o jogador tem se mostrado insatisfeito com a situação e irritado nos treinamentos.

Após deixar o São Paulo, Henrique teve rápida passagem pelo Granada-ESP, onde jogou seis jogos – cinco deles como reserva. Sem sucesso retornou ao Brasil e fechou com o Sport. Mais uma vez, o banco de reserva foi seu grande companheiro: 12 dos 16 confrontos em que disputou pelo time pernambucano.

Cidinho, Rafael Marques e Seedorf comemoram o segundo gol do Botafogo na vitória sobre o Madureira Fábio Castro/Agif
Henrique chegou ao Botafogo no início da temporada e tinha como concorrência o jovem Sassá e o contestado Rafael Marques – sem espaço no elenco naquele momento. Assim, o atacante iniciou a pré-temporada com o status de titular, o que foi ratificado na primeira partida do Alvinegro contra o Duque de Caxias, pelo Campeonato Carioca. Sua atuação não agradou e o camisa 9 perdeu a posição para Bruno Mendes, que voltou do Sul-Americano sub-20 com a seleção brasileira – eliminada ainda na primeira fase.

De volta ao banco de reservas, Henrique espera uma oportunidade para voltar ao time. Até o momento acumulou apenas 128min com a camisa do Botafogo. A chance apareceu, mas para Rafael Marques, que marcou seu primeiro gol e se firma entre os titulares a cada rodada. A situação não deixa o atacante satisfeito. Mais do que isso. O camisa 9 apresentou alteração no seu humor desde então e se envolveu em algumas discussões no clube.

Até agora, Henrique já se desentendeu com Dória, que reclamou de uma solada do atacante. Além disso, tirou Jefferson de um treinamento após se chocar com o goleiro em uma dividida e foi cobrado por Bolívar, que pediu calma ao companheiro. Em ambas as ocasiões, ele rebateu alegando não ter feito nada demais. O último entrevero foi uma rápida discussão com Lodeiro. O uruguaio roubou a bola após agarrar o camisa 9, que levantou rispidamente para reclamar com o camisa 14.

O jogador conta com o apoio dos torcedores, mas, por enquanto, a oportunidade de Henrique voltar ao time titular parece distante. Além de Rafael Marques e Bruno Mendes, Sassá é outro companheiro que está na frente do camisa 9. A comissão técnica alega que o atleta está sendo melhor preparado fisicamente para entrar na equipe numa outra ocasião. Ao que tudo indica, paciência será a palavra-chave para o atacante vingar no Botafogo.

BOTA VENCE MADUREIRA EM JOGO MARCADO POR EXPULSÃO DE SEEDORF



Do UOL, no Rio de Janeiro

Staff de Seedorf analisa imagens e expõe argumentos contra expulsão



Representante do holandês diz que jogador não poderia ter dito o que foi relatado na súmula estando de costas para o árbitro Philip Georg Bennett, na partida contra o Madureira




HOME Seedorf - Madureira x Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Seedorf fica incrédulo depois
de ter sido expulso
(Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
A primeira (e controversa) expulsão de Seedorf pelo Botafogo, na vitória sobre o Madureira no último domingo em Moça Bonita, gerou insatisfação da equipe que gerencia a carreira do holandês. Deborah Martin, representante de Seedorf e presidente do DM Milan Group, acredita que a expulsão foi injustificável.

A representante afirma que Seedorf não poderia ter dito o que foi relatado na súmula estando de costas para o árbitro Philip Georg Bennett. O juiz escreveu na súmula que o holandês proferiu a frase "Você está de palhaçada! Saio por onde eu quiser!" após ter aplicado o primeiro amarelo.

- Seedorf não poderia ter dito todas aquelas palavras de costas. Não há indicações de que ele sequer pensou em fazer isso. Ele estava tentando explicar para o árbitro que outra pessoa do Botafogo já tinha sido substituída (Cidinho, machucado, por André Bahia). Quando ele estava correndo de costas, ele não tinha ideia do que estava acontecendo - afirmou Deborah Martin.


Veja a expulsão confusa de Seedorf



Deborah e todo o staff que administra a carreira de Seedorf se reuniram e viram as imagens do jogo por mais de dez vezes, chegando à conclusão de que não há indicação na linguagem corporal de Seedorf de um comportamento agressivo para com o árbitro. Para eles, Seedorf não poderia ter sido penalizado dessa forma.

- Ele estava tentando explicar para o árbitro a substituição e tocou nas costas dele de uma maneira gentil, sem indicar qualquer postura mais dura. Ele não poderia ter sido penalizado dessa forma. Esse jovem árbitro não teve uma conduta profissional - explicou a representante.

Pela expulsão, o TJD-RJ já avisou que vai denunciar Seedorf no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto), o que pode gerar punição de quatro a seis jogos e multa de até R$ 100 mil. O staff de Seedorf vai se reunir para decidir o que será feito no julgamento, que ainda não tem data para acontecer.

Pelo cartão vermelho, Seedorf terá de cumprir suspensão automática no jogo da próxima quinta-feira, contra o Friburguense, às 19h30, no Engenhão. Campeão da Taça Guanabara, o Botafogo lidera o Grupo A da Taça Rio com seis pontos em dois jogos.


Rodrigo Lois Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!

Cereja do bolo


Peço desculpas por tocar novamente neste assunto. Gosto demais de futebol, minha vida gira em torno disso, e eu odeio discutir arbitragem. Em um mundo perfeito, a arbitragem seria sempre neutra, nunca erraria, nunca seria notada em campo. Infelizmente, no futebol não é assim. Bons juízes são exceções, são lembrados. Descontando o glamour e a mídia que o futebol tem, que outro esporte dá tanta atenção aos juízes? Repito: eles deveriam ser neutros, não deveriam ser notados.

Não foi o que aconteceu ontem com o árbitro de Madureira 1 x 2 Botafogo, o ilustríssimo senhor Philip Georg Bennett.

Ontem eu quis deixar claro aqui que não acreditava que ele tenha ido apitar com a intenção de aparecer ou de prejudicar Botafogo ou Madureira. Continuo com essa impressão, aliás. O problema é a falta de preparo, a falta de orientação, a falta de profissionalização desta ocupação: o(s) árbitro(s) do maior esporte do mundo.

Realmente a culpa não é dele, mas do “sistema”, que precisa ser reformulado. Após uma arbitragem confusa, vi, com pesar, elogios por parte de Jorge Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Rio. Aí complica.

Além do quadro já apresentado, se um garoto passa o ano inteiro sem estudar, na “vagabundagem”, repete o ano no colégio e ainda é elogiado pelo pai depois de tudo isso, a culpa é do pai ou do garoto? Acho que é do pai.

Hoje foi publicada a súmula da partida (veja aqui, na íntegra). E foi a cereja do bolo. Há erros de português e de lógica, além de não mostrar o que de fato ocorreu. Como discordo de quase tudo, achei por bem escrever aqui de novo.

Abaixo, segue a justificativa da expulsão de Seedorf (recortado da súmula) e, depois, alguns comentários.





1) Quem deu essa informação (que Seedorf seria substituído) se a placa já informava que o número 27, Cidinho, é que sairia substituído para a entrada de André Bahia, número 19? Respondo-vos: quem “informou” foi a “pressão” dos jogadores do Madureira, os quais, inclusive, chegaram a peitar o árbitro “cobrando” uma atitude. Eu estava lá, eu vi tudo com meus próprios olhos. Ninguém me contou. Ah: tive o cuidado de deixar o jogo gravando em casa enquanto ia para Moça Bonita. Veja ao lado como a placa informava que o jogador que sairia seria o de número 27 (Cidinho). Onde o senhor Philip Georg Bennett viu “10” nessa placa?

2) Mas, ok, vamos lá. Vamos dizer que o árbitro estava certo (mesmo não estando) e que Seedorf, de fato, deveria sair de campo. Se o nosso jogador estivesse realmente se recusando a sair pela lateral, ele realmentemerecia o cartão amarelo, pois retardou o jogo. Mas por que ele recebeu dois amarelos pela mesmainfração?

3) Mas aí você que discorda pode me dizer: “mas, Caio, o cara diz que deu o 2º amarelo por que foi insultado”. Bem… A imagem não mostra isso. As imagens mostram que o 2º cartão amarelo só é dado depois denova pressão dos jogadores do Madureira, quando o Seedorf já está longe e correndo para a outra linha lateral. Você realmente acredita nessa história contada por ele? Acho que ele demorou muito para expulsar depois de ter sido supostamente insultado. Fico com a imagem, que sugere que ele levou dois amarelos pela mesma infração, o que é bizarro.

4) E, mais: Como acreditar em alguém que mente e omite tanto na súmula? Logo, posso (e devo) não acreditar no juiz, que relatou que Seedorf havia falado que “ele (o árbitro) estava de palhaçada”. Aliás, o que o juiz fala ou escreve deve ser tomado como verdade absoluta? A História nos mostra que não é bem assim. Devemos ter, no mínimo, um pouquinho de senso crítico. Eu tenho.

5) Aí a notícia de que Seedorf pode ser suspenso por até 6 jogos e que Seedorf terá que provar que não falou o que foi relatado. Isto me irrita demais: por que damos tanta credibilidade ao que os árbitros falam e relatam? Acreditamos cegamente nele! O árbitro, por acaso, tem como provar tudo que escreveu na súmula? Não.

6) Quem se lembra de Ganso, na final do Paulista de 2010? O então jogador do Santos se recusou a sair de campo substituído, e nada foi feito, pois o jogador tem esse direito. Sei que não foi o caso, a situação foi diferente, mas vale a lembrança.



7) Mais uma coisa: a imagem aqui do lado é clara ao mostrar que a substituição ocorre aos 48’33″ do 2º tempo (repare no tempo e na bandeira levantada pelo auxiliar, destacados na cor laranja). Seedorf, no entanto, foi expulso apenas aos 49’11″, conforme cronometrei. Isto é: André Bahia já havia sidoautorizado a entrar em campo. Inclusive já havia entrado.

8) Outra mentira: como destacado no recorte da súmula que “explica” a expulsão, o árbitro informa que Seedorf foi expulso aos 90′+3′. Não é verdade, foi aos 90′+4′ (ou até 90′+5′: o importante é que isto ocorreu aos 49’11″ do 2º tempo).

9) Como Seedorf poderia ser expulso por se recusar a sair de campo (para ser substituído), por onde o árbitro mandava, se a substituição já havia ocorrido e autorizada? O árbitro mandou algum jogador entrar sem que outro saísse, é isso?

10) A súmula inclusive relata que a substituição ocorreu com a saída de Alcides (Cidinho), como você pode ver abaixo. Contradição pura: Seedorf foi expulso por uma confusão com uma substituição já efetuada, autorizada e reconhecida. Quanto mais mexemos, mais fede essa súmula. E ele ainda foi elogiado…

11) Do impedimento de Seedorf até a anulação do pênalti passou, cronometrado, 1 minuto e 48 segundos. Curiosidade: por que o 4° árbitro demoraria tanto assim para avisar ao árbitro principal do impedimento do Seedorf? Ele teria sido paciente demais, esperando, inclusive, o posicionamento da bola na marca de pênalti. Estranho, novamente reforço a minha desconfiança de que houve interferência “extra-campo”.

12) E, falando nisso, uma bela questão levantada por um amigo meu, também botafoguense: “Eu só queria saber por que o ponto do juiz funciona pra voltar o pênalti, mas não para um dos outros cinco árbitros presentes falarem que a substituição já tinha ocorrido (fato este muito mais simples que um impedimento). Para que serve este ponto no ouvido do juiz?”

13) Última questão dessa súmula (mas agora falando do borderô): por que o prejuízo do jogo foi do Botafogo se o mandante foi o Madureira?

Chega desse assunto. Apesar de tentar mostrar fatos e argumentos de quem viu o jogo “com os olhos”, isto aqui não passa de (mais) uma opinião. Haverá, sempre, alguém que discorde e fale o contrário. E que bom que é assim.

Alguns com opinião profissional, outros com opinião de quem viu pela TV, outros com opinião de quem viu no estádio, outros com opinião de quem… não viu.

Reitero a minha opinião de que ver jogo pela TV é um mero recorte do jogo real. E isto não é uma crítica às transmissões ou às emissoras. Compare uma transmissão de hoje com uma de 20 anos atrás e veja o gigantesco avanço. Por morar no Rio, tenho o privilégio de poder ir a todos os jogos do Botafogo em casa. Quem sofre de longe sofre ainda mais, tenho certeza…

Bola para frente, descanso para Seedorf, aprendizado para Philip, consciência para o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro e profissionalização para a arbitragem brasileira.

Para nós? Títulos, vitórias e retomada do nosso enorme tamanho.

Venceremos.

Post-scriptum:

O leitor Rivaldo Santos alertou mais um erro do juiz: “Mais um erro do juiz: O André Bahia não deveria substituir um jogador expulso.”


por caio.f.s.araujo Curta a página do blog no facebook e siga meu twitter!

Personagem da rodada, juiz que expulsou Seedorf vira alvo de montagens na web


Philip Georg Bennett virou o personagem do fim de semana no futebol brasileiro ao expulsar Seedorf na vitória do Botafogo sobre o Madureira. O árbitro ainda voltou atrás num pênalti e teve uma atuação bastante comentada. Na web, os ‘Reis do Paint’ aproveitaram a deixa para fazer montagens com o juiz. Veja o resultado:

















por bernardo.pombo