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sábado, 3 de agosto de 2013

Oswaldo trabalha posicionamento e movimentação em treino sem rival


Técnico do Botafogo reveza Rafael Marques e Elias no ataque. Lateral-esquerdo Julio César é poupado, mas está confirmado contra o Vasco



Líder do Campeonato Brasileiro, com 20 pontos, o Botafogo fez neste sábado, no campo anexo do Engenhão, seu último treinamento antes do clássico com o Vasco, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Maracanã, pela 11ª rodada da competição. O técnico Oswaldo de Oliveira trabalhou o posicionamento e a movimentação dos jogadores sem a presença de adversários para realizar a marcação.


Oswaldo conversa com os titulares no treino do Botafogo no Engenhão (Foto: Thales Soares)

Oswaldo fez um revezamento entre Rafael Marques e Elias, que tem entrado constantemente nos jogos, como jogador mais próximo ao gol. No entanto, Rafael deve ser mantido como titular para o clássico. A intenção foi dar a Elias a chance de atuar ao lado dos outros titulares no treinamento.

O lateral-esquerdo Julio Cesar foi poupado e não participou da atividade, trabalhando apenas na academia do Engenhão. No entanto, não será problema para enfrentar o Vasco. Lima o substituiu.

O time tem apenas os desfalques já conhecidos do lateral-direito Lucas e dos meias Cidinho e Octávio, que se recuperam de cirurgias. A formação deve ser a seguinte: Jefferson, Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro, Vitinho e Seedorf; Rafael Marques.


Por Thales Soares Rio de Janeiro

'Rateio' não agrada, e Botafogo analisa acordo com o Maracanã


Diretor executivo do clube, Sérgio Landau diz que negociação continua por contrato mais longo, e jogo com o Internacional, dia 15, pode ser no estádio


Bilheteria do Maracanã com uma longa fila
na quinta-feira (Foto: Thales Soares)
O acordo feito pelo Botafogo com o Consórcio Maracanã para o confronto com o Vitória, disputado quinta-feira, mostrou não ser interessante para o clube, que ainda discute um contrato de dois anos para atuar no estádio. Para esse jogo, houve a divisão de despesas e lucro com os administradores do estádio, no molde feito com o Flamengo.

O diretor executivo Sérgio Landau avaliou a situação depois de ter o borderô na mão e a noção de como ficam as receitas e os gastos. Segundo ele, se o clube tivesse uma área específica para arrecadação no jogo com o Vitória teria sido mais produtivo. Esse molde é semelhante ao acordo do Fluminense e deve ser o seguido pelo Botafogo no decorrer da negociação.

- Esse modelo de rateio nesse tipo de jogo nao é interesante. Com uma área para você completamente cheia pode ser mais interessante. Vamos ver qual a incidência disso, mas com exclusividade teria uma receita líquida maior - explicou Landau.

O Botafogo ainda teve direito a receitas de camarotes e bares no jogo. No entanto, Landau confirmou que os valores não devem ser altos. Mesmo assim, o clube continua interessado no contrato de longo prazo com estádio, mas no molde mais parecido com o do Fluminense.

Essa nova medida já pode entrar em vigor no jogo com o Internacional, dia 15, ainda sem local definido. Pode ser mais um isolado, como aconteceu contra o Vitória, ou até mesmo já fazer parte do acordo de dois anos. Mas ainda não há uma definição, o que precisa acontecer até terça-feira.

- Já tivemos outras referências e servem de orientação para a definição dos melhores modelos. Hoje, não temos um contrato fechado, mas pode acontecer uma surpresa. Estamos por detalhes e tem chance de esse jogo com o Internacional ser no Maracanã. Os administradores estão interessados. Afinal, nós remuneramos o consórcio - disse Landau.


Dificulta quando muita gente compra o ingresso na hora. Tem que mudar no futebol brasileiro a tecnologia de comercialização, colocando direto no cartão. Uma pessoa gasta 30 segundos e em uma hora são 1200. Com quatro mil para comprar em cima da hora não dá"
Sérgio Landau

Se financeiramente, o Botafogo ainda precisa entender melhor o Maracanã, logisticamente, o dirigente viu melhoras. Segundo ele, o não fechamento das vias, como havia acontecido no clássico com o Flamengo, colaborou. Já as filas para compra de ingressos na hora do jogo foram tratadas como um problema que vai além do estádio.

- O tráfego já fluiu melhor com a liberação do trânsito. Mesmo com o público menor em relação ao clássico deu para ver a melhora. A questão da venda de ingressos não depende apenas do operador. Esse horário (19h30m), eu gosto, mas dificulta quando muita gente compra o ingresso na hora. Tem que mudar no futebol brasileiro a tecnologia de comercialização, colocando direto no cartão. Uma pessoa gasta 30 segundos e em uma hora são 1200. Com quatro mil para comprar em cima da hora não dá. É um conceito técnico - comentou.

Landau ainda colocou a distribuição das gratuidades como outro problema pela demora no processo de atendimento. É necessário fazer um cadastro do comprador na hora e isso aumenta o tempo com cada cliente.

- É uma anomalia do evento do futebol brasileiro. Isso causa prejuízo e problemas operacionais. Quem tem que pagar por isso é o governo e um cadastramento prévio deve ser feito. É o grande gargalo da bilheteria - disse Landau, que, de qualquer forma, elogiou a reforma feita no estádio. - Está lindo. Não vou discutir se foi caro ou barato. Ainda há coisas a serem concluídas, mas está muito bom.


Por Thales Soares Rio de Janeiro

Ponto de equilíbrio? Juninho e Vaz de um lado, Jefferson de outro. Clássico promete...


Enquanto isso, Vasco sofre para encontrar um goleiro e Botafogo não faz gols de falta há quase um ano


Juninho e Jefferson se enfrentarão
 em caso de falta na entrada da área
alvinegra (Fotos: LANCE!Press)
Ponto forte de um, instabilidade de outro. Se a bola parada é hoje uma das principais armas do Vasco, o Botafogo conta com a segurança de seu camisa 1, Jefferson. Por outro lado, o Cruz-Maltino ainda enfrenta problemas com a posição de goleiro, enquanto o Alvinegro não marca gol de falta há um ano. Esse é somente mais um ingrediente para o clássico de domingo, no Maracanã.

Para este jogo, o Vasco contará com o retorno de Juninho, que foi poupado contra o Goiás. Ele, que já foi apontado através de estudos como o principal batedor de falta do mundo, fez um gol de bola parada neste seu retorno (em dois jogos), sem contar as bolas alçadas na área.

Mas, além dele, o Vasco passou a usufruir de uma grata surpresa, em 2013. O zagueiro Rafael Vaz também tem uma boa batida e, neste Brasileirão, também já marcou um gol em cobranças de falta.

Do lado alvinegro, amanhã completa exatamente um ano que não sai um único gol de falta. O último foi no dia 4 de agosto de 2012. Pelo Brasileirão, Seedorf marcou diante do Atlético-GO. Foi o primeiro gol dele com a camisa do Botafogo.

Mas o que equilibra a questão são os goleiros. Juninho e Vaz não terão vida fácil, pois, do outro lado, o Botafogo conta com Jefferson, capitão do time e que acumula convocações para a Seleção. É, atualmente, um dos principais atletas do grupo.

Pelo Vasco, tem sido tarefa das mais complicadas encontrar um substituto para Fernando Prass, que trocou a Colina pelo Palmeiras no fim do ano passado.

Alessandro foi o primeiro a ser testado, mas falhou muito no Carioca e, hoje, é terceiro goleiro. Depois, Michel Alves ganhou a vaga. Inconstante, também foi para a reserva. Desde que Dorival Júnior chegou, Diogo Silva virou titular e ainda busca afirmação.


Daniel Guimarães, Luiz Gustavo Moreira e Rodrigo Ciantar -  (RJ) LANCENET!