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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Dankler é dúvida, e Hungaro reafirma qualidade do Botafogo para a estreia


Técnico afirma que presença de Dória e Gabriel contra o Resende mostra importância dada ao estadual




André Bahia deve jogar no lugar de Dankler
 (Foto: Satiro Sodre/SSPress)
O Botafogo terminou a véspera de sua estreia no Campeonato Carioca com uma dúvida na equipe que enfrenta o Resende. O zagueiro Dankler não treinou nesta sexta-feira, no Engenhão, por conta de uma indisposição e, por isso, pode não atuar neste sábado, em Volta Redonda.

André Bahia treinou no lugar de Dankler e deve formar com Dória a dupla titular contra o Resende. Assim, a equipe que entra em campo neste sábado está confirmada: Renan, Lucas, Dankler (André Bahia), Dória e Lima; Gabriel, Rodrigo Souto, Renato, Gegê e Daniel; Henrique.

Titulares indiscutíveis da partida do Botafogo contra o Deportivo Quito, dia 29, pela fase prévia da Libertadores, Dória e Gabriel vão compor o time considerado reserva que vai estrear no Carioca. O técnico Eduardo Hungaro destacou esse fato como uma evidência de que o estadual não será deixado de lado pelo Alvinegro por conta da competição da sul-americana.

- Essa é a prova inequívoca que não existe grupo A ou B. Esse é o melhor grupo para o jogo de amanhã. Dória e Gabriel são indiscutíveis no time principal, mas desde o início eu falei que jogaríamos o Carioca com a melhor equipe para cada partida - explicou o treinador.

A equipe que enfrenta o Resende viaja para Volta Redonda na noite desta sexta. O restante dos atletas se reapresenta na manhã deste sábado para um jogo-treino contra o América, às 9h, no Engenhão.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Botafogo renova com Daniel e confirma permanência de Elias


Atacante se reapresenta ao Alvinegro neste sábado, e meia fica em General Severiano até 2017, com multa rescisória de R$ 64 milhões para clubes do exterior



Daniel teve estendido seu vínculo, que iria
 até o fim da atual temporada (Foto: Fred Huber)
Pouco antes da apresentação de Juan Carlos Ferreyra, nesta sexta-feira, o Botafogo confirmou a assinatura da extensão de contrato do meia Daniel. Titular na partida contra o Resende, neste sábado, ele ficará no clube até junho de 2017. Seu atual vínculo iria até o fim da atual temporada. O novo compromisso estabelece multa rescisória de 20 milhões de euros (R$ 64 milhões) para clubes do exterior e de R$ 55 milhões para equipes brasileiras.

Além disso, o clube formalizou a permanência do atacante Elias, renovando seu empréstimo por mais uma temporada. O jogador, que pertence ao Resende, ainda não tem data de estreia, já que não realizou pré-temporada e, por isso, ainda necessitará de um período de recondicionamento físico. No entanto, ele se reapresenta na manhã deste sábado para iniciar os treinamentos.

O Botafogo tinha a opção de ficar com Elias em definitivo, mas para isso teria de pagar R$ 2,5 milhões por 50% de seus direitos econômicos. O clube não demonstrou interesse nessa opção e negociou a renovação do empréstimo sem custos.

Em relação a Daniel, o Botafogo decidiu se movimentar para aumentar o tempo de contrato do jogador, que se destacou na pré-temporada. Ele passará a jogar sob o novo vínculo a partir da terceira rodada do Campeonato Carioca, com um aumento considerável da multa rescisória, ficando assim o clube protegido de um eventual assédio. O meia chegou ao clube no ano passado, vindo do Cruzeiro, para integrar o elenco de juniores do Alvinegro.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Botafogo desiste de Forlán por alto salário e foca em acerto com Zeballos



Diego Forlán comemora seu gol em cima do Salgueiro-PE, pela Copa do Brasil (22/08/13) Alexandre Lops/AI Inter



A negociação entre Botafogo e Diego Forlán não durou muito tempo. Assustado com o pedido salarial do uruguaio – cerca de R$ 800 mil –, os dirigentes alvinegros preferiram desistir das tentativas e não irão dar sequência às conversas com o estafe do melhor jogador da Copa do Mundo de 2010. O Botafogo quer fechar o elenco para disputar a Copa Libertadores e foca em Pablo Zeballos, uma alternativa bem mais econômica.

O Internacional já dava sinais de que nenhum clube do Brasil poderia satisfazer as intenções de Forlán. Na quarta-feira, o empresário Daniel Bolotnicoff e o irmão do atacante, Pablo Forlán, se encontraram com o presidente colorado Giovanni Luigi, informaram sobre sondagens do mercado e destacaram West Ham-ING e Toronto FC-CAN.

O uruguaio tem contrato com o Inter até julho de 2015. Para tirá-lo do Rio Grande do Sul, o Alvinegro ofereceu R$ 400 mil mensais. A contraproposta feita foi de R$ 800 mil de salário - valor superior aos R$ 700 mil que Seedorf ganhava.

O valor assustou os cartolas do Botafogo, que aceitariam pagar até R$ 500 mil. Sem acordo, o clube não seguirá com as negociações pelos altos custos definidos para um acerto.

Com Tanque Ferreyra apresentado, o Botafogo chega a cinco atacantes no elenco – Sassá, Elias, Henrique e Yguinho. Agora, o foco da diretoria está em Pablo Zeballos. Um grupo de investidores aceita pagar para liberar o paraguaio do Krylia Sovetov e repassá-lo ao Botafogo.

O clube não terá que investir dinheiro na contratação do atacante. A única responsabilidade será arcar com o salário do jogador, considerado acessível para os cofres alvinegros. Zeballos irá ganhar cerca de R$ 100 mil mensais, caso seja liberado pelo clube russo.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

Ferreyra chega com a missão de fazer gols: 'Espero ter o carinho da torcida'


Primeiro centroavante contratado pelo Botafogo desde a saída de Loco Abreu, argentino tem experiência em Libertadores, da qual foi vice-campeão este ano




Quase uma semana depois de chegar ao Rio de Janeiro, Juan Carlos Ferreyra foi oficialmente apresentado como reforço do Botafogo na tarde desta sexta-feira, no Engenhão. Conhecido como El Tanque, o centroavante argentino de 30 anos e 1,91m assinou contrato até o fim de 2014. Ele chega para dar experiência ao elenco que vai disputar a Libertadores. Atuando pelo Olimpia,vele marcou quatro gols na edição do ano passado, quando o time paraguaio ficou com o vice-campeonato.

El Tanque Ferreyra, de 30 anos, deve ser o centroavante alvinegro na Libertadores (Foto: Satiro Sodre / SSPress)

Ferreyra é o primeiro centroavante de ofício a chegar ao Botafogo desde a saída de Loco Abreu, em 2012. Estrangeiro e com um porte físico semelhante ao do uruguaio, El Tanque tem a consciência de que as comparações serão inevitáveis. Mas procura levar essa responsabilidade de maneira positiva.

- Essa é uma posição difícil de jogar, pois a exigência de fazer gols é muito grande. Mas o importante é fazer coisas boas dentro de campo. Espero jogar bem pelo Botafogo e, assim, também ter esse carinho da torcida - disse.

Estou muito feliz de estar aqui. É uma alegria imensa e um grande passo na minha carreira, espero que as coisas saiam bem. Disputar mais uma Libertadores é uma possibilidade linda para mim. É uma competição muito dura, com grandes equipes
Ferreyra

Com a saída de Seedorf, Ferreyra é o terceiro estrangeiro do elenco do Botafogo, que conta com o uruguaio Lodeiro e com o argentino Bolatti. Nos próximos dias a diretoria alvinegra espera finalizar a transferência do atacante paraguaio Zeballos, que foi companheiro de El Tanque no Olimpia.

Mas Ferreyra deixou claro que, apesar de propostas de clubes da Argentina, sentiu-se desafiado por atuar pela primeira vez no Brasil. O centroavante classificou o Rio de Janeiro como uma cidade “espetacular” e garantiu empenho para fazer o Botafogo disputar uma boa Libertadores.

- Estou muito feliz de estar aqui. É uma alegria imensa e um grande passo na minha carreira, espero que as coisas saiam bem. Disputar mais uma Libertadores é uma possibilidade linda para mim. É uma competição muito dura, com grandes equipes. Vamos competir da melhor maneira e buscar bons resultados. O Botafogo é um clube com grandes jogadores e que vai bem em todas as competições. Espero ajudar a mantê-lo dessa maneira - afirmou o argentino.

Perguntado sobre a origem do apelido, o jogador contou que começou a ser chamado de El Tanque antes mesmo do início da carreira profissional.

- Apelido vem desde criança e sempre esteve comigo. Nunca me incomodou - disse o atacante, que ainda não sabe qual será o número da sua camisa. - Isso para mim não tem tanta importância. Depois vamos ver isso.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Jorge Wagner se candidata a usar a camisa 7 ou 10: 'Cairia bem'



Meia, agora o mais experiente do elenco, afirma saber o peso que seria ser o sucessor do craque holandês





Jorge Wagner tem sido elogiado por causa da
 boa forma física
(Foto: Vitor Silva / SS Press)
Primeiro reforço de 2014, o meia Jorge Wagner chegou sem muito alarde ao Botafogo, mas desde o início dos treinamentos mostrou que poderá ser muito útil, especialmente depois da saída de Seedorf. A ausência do craque, por sinal, deixou vaga mais um número de camisa, o 10. A 7 já estava sem dono desde que Bruno Mendes decidiu não utilizá-la mais.

Ciente da importância que a 7 de Garrincha e outros craques tem para o Glorioso, Jorge Wagner disse que seria uma honra vesti-la. A 10 também cairia bem, apesar do peso de ser o sucessor de Seedorf.

- Sei o que o número 7 significa no Botafogo, a importância que tem. A 10 teria a responsabilidade de substituir um ídolo recente, o Seedorf, que fez uma história no clube, apesar do pouco tempo que ficou. Mas vamos aguardar uma definição, mas a 7, 10 ou 11 acho que cairia bem em mim (risos).

Após a saída do holandês, de 37 anos, Jorge Wagner já assumiu o posto de mais experiente do elenco, com 35 anos. A boa forma física demonstrada, no entanto, já garantiu uma vaga no time titular desde o primeiro treinamento coletivo.

- Aumenta a minha responsabilidade também, sei que preciso estar bem para dar a resposta dentro de campo.

Confira a entrevista completa com Jorge Wagner:

GloboEsporte.com: Como tem sido este início no Botafogo? Tem gostado do que viu nesta pré-temporada?

Jorge Wagner: Foram três anos no Japão e agora estou voltando, será minha primeira oportunidade no Rio de Janeiro, e em uma grande equipe. Está sendo bom para mim. Encontrei um grupo maravilhoso, que está querendo vencer, que tem objetivos. Temos garotos subindo da base com grandes pretensões, querendo mostrar valor. Assim que se forma uma equipe vencedora, campeã.

Jorge Wagner durante treino Botafogo na pré-temporada em Saquarema (Foto: Satiro Sodré / SS Press)

O fato de ter vindo do Japão (Kashiwa Reysol), onde há uma grande exigência física, pode facilitar sua readaptação ao Brasil?

É característica do futebol japonês essa velocidade, e graças a Deus consegui uma adaptação muito rápida lá, além de ter me mantido nestes três anos. Foi bom para mim e será bom agora neste meu retorno, já que o grau de exigência lá era grande e aqui também é.

Desde o primeiro treino coletivo que o Eduardo Hungaro te escala de titular no time principal, o que vai disputar a Libertadores. Qual o grau de importância chegar com esta confiança?

Tenho consciência do meu papel. O clube depositou confiança em mim, preciso estar preparado.
Jorge Wagner


É muito importante, sem dúvida. Trabalho sempre com o pensamento de estar em boas condições físicas e técnicas para ajudar o time. O Botafogo ano passado foi bem, tem bons jogadores, e eu ter esta confiança já de cara é muito bom. Aumenta a minha responsabilidade também, sei que preciso estar bem para dar a resposta dentro de campo.

O Seedorf saiu e a tendência é de que o Rafael Marques não fique. É um temor perder dois jogadores importantes e que atuam em funções parecidas?

Nós gostaríamos de contar com o Seedorf e o Rafael. Seria importante tê-los. O Seedorf já perdemos. Teremos muitas competições e que vão exigir quantidade e qualidade de jogadores. Mas a diretoria está conseguindo repor algumas peças e isso nos dá tranquilidade.

Após a saída do Seedorf, você se torna o mais experiente do elenco. Aumenta a responsabilidade?

É, mas tem também o Bolívar, o Jefferson... Acho que a responsabilidade tem que ser dividida, mas tenho consciência do meu papel. O clube depositou confiança em mim, preciso estar preparado.

As camisas 7 e 10 estão disponíveis. Vai se candidatar a uma delas?

Olha, durante muito tempo joguei com a camisa 7. Foram quatro anos no São Paulo. Já joguei com a 11, quando surgi nas categorias de base do Bahia, e com a 10. Sei o que o número 7 significa no Botafogo, a importância que tem. A 10 teria a responsabilidade de substituir um ídolo recente, o Seedorf, que fez uma história no clube, apesar do pouco tempo que ficou. Mas vamos aguardar uma definição, mas a 7, 10 ou 11 acho que cairia bem em mim (risos).

Qual sua primeira impressão do trabalho do Eduardo Hungaro? Como tem sido a relação?

Ele dá liberdade para conversar. Nos orienta em campo, e essa troca de informações acho importante para o sucesso da equipe. Ele está aberto aos jogadores para sentir qual é o rendimento dos treinamentos.

Por Fred Huber Saquarema, RJ

Rumo à China, Hyuri espera volta para fechar ciclo no Bota e diz: 'Eu ajudei'


Perto de se apresentar ao Guizhou Renhe, atacante afirma que inicia aventura no Oriente guiado por ensinamento de Seedorf



Há cerca de dez dias, Hyuri esteve num estúdio de tatuagem na Zona Norte do Rio de Janeiro. Após uma hora e meia, saiu de lá com o corpo marcado com um dragão chinês, numa imagem que vai de seu ombro direito ao pescoço. No país mais populoso do mundo, o animal mítico simboliza transformação e sabedoria. Eles serão mais do que nunca necessários a partir de agora, quando o atacante de 22 anos iniciar sua trajetória no Guizhou Renhe, clube da China com o qual assinou contrato de três anos de duração. Depois de uma passagem de cinco meses pelo Botafogo, marcada por gols importantes e bonitos, o jogador viaja para o Oriente com a consciência de que poderia ter feito ainda mais, mas também certo de que teve sua parcela de contribuição para que o Alvinegro conquistasse a classificação para a Libertadores após 18 anos.

Hyuri vive últimos dias no Brasil antes de embarque para a China (Foto: Gustavo Rotstein)
Além das roupas de frio, Hyuri vai embarcar para a China com um ensinamento do ex-companheiro Seedorf. O jogador pode e deve sempre buscar a evolução. Dessa forma, ele projeta encerrar a aventura no Oriente com uma vivência que o permita ser um atleta melhor, um benefício que será somado ao inegável ganho financeiro num país em que o futebol é objeto de grandes investimentos.

- O Seedorf sempre falava para mim e para os mais jovens que é importante melhorar a cada dia, que é possível chegar ao alto nível. Isso vai me guiar para sempre - disse, Hyuri que por ora deixará a tatuagem inacabada, já que seria necessária mais uma sessão para ser finalizada.

GloboEsporte.com - Qual o sentimento pouco antes do início dessa aventura na China?

Hyuri - Não estou nervoso nem com medo. Estou me precavendo, estudando para não ficar perdido. Vai ser tudo diferente, sim. Cultura, clima, alimentação, pessoas... mas nada de anormal para um ser humano. Vou tranquilo para jogar meu futebol, me destacar e dar continuidade à minha carreira.

Acha que é cedo para um jogador de 22 anos sair do Brasil e jogar num país como a China?

Não digo que é cedo. Digo que saí do Botafogo cedo. Cinco meses é pouquíssimo tempo. Saio deixando as portas abertas, pretendo voltar se tiver a oportunidade, porque me adequei bem ao clube. Além disso, ainda terei 25 anos quando o contrato terminar. Minha carreira realmente tomou um rumo diferente do que eu estava esperando, mas estou dando um passo à frente.

Qual a avaliação que você faz desses seus cinco meses de Botafogo?

Nem no meu melhor sonho eu imaginaria que seria daquela maneira. Cheguei com o pensamento de que poderia ajudar, mas que se fosse um coadjuvante também seria bom. Mas as coisas ocorreram de maneira muito rápida. A oportunidade apareceu devido ao meu trabalho, todos me ajudaram e agora estou aproveitando a chance que a vida está me dando para ter uma experiência nova. Agradeço ao Botafogo, tenho um carinho muito grande por esse clube e vou de cabeça erguida em busca dos meus objetivos.

Você apareceu no Botafogo marcando gols importantes e bonitos, no momento em que a torcida ainda sentia a falta do recém-negociado Vitinho. O fato de não ter conseguido manter uma regularidade foi reflexo da responsabilidade de ser apontado como sucessor do xodó?

Hyuri mostra tatuagem de dragão chinês
 no pescoço (Foto: Gustavo Rotstein)
Nunca tinha lidado com uma situação dessas. Foi o Vitinho saindo e a minha chegada daquela maneira, com todos esperando que eu fizesse aquilo em todos os jogos. Mas aí tentei segurar um pouco a onda para tentar evitar o que acabou acontecendo, que foi a queda de rendimento. Pensei que se desse um passe também poderia ajudar. Fui conversando com as pessoas, fui sendo ajudado e voltei a jogar bem. Fico feliz por ter visto nos olhos das pessoas que eu ajudei, isso foi o principal. Pelo tempo curto em que estive no clube, pode haver uma tristeza de pensar que faltou algo a mais. Mas de repente esse algo a mais pode acontecer daqui a três ou quatro anos.


Qual maior ensinamento do Botafogo você vai levar a partir de agora em sua próxima experiência profissional?

O Seedorf sempre falava para mim e para os mais jovens que é importante melhorar a cada dia, que é possível chegar ao alto nível. Isso vai me guiar para sempre. Quando eu comecei no futebol, achava que tudo era uma pelada. Mas hoje vejo que você precisa sempre entrar para ser campeão, que é preciso aumentar o rendimento todos os dias.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro