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sábado, 27 de setembro de 2014

Mancini usa conversa para fazer ajustes, e Emerson Sheik é poupado


Com pouco tempo de treinos e descanso até partida contra o Grêmio, Botafogo faz recreativo na manhã deste sábado


Com menos de três dias de intervalo desde a vitória sobre o Goiás, na última quinta-feira, Vagner Mancini priorizou a conversa para ajustar taticamente o Botafogo. Na manhã deste sábado, véspera da partida contra o Grêmio, o técnico reuniu todo o elenco no gramado do Engenhão para explicar o posicionamento que pretende ver no campo do Maracanã e, ao mesmo tempo, alertar para as armas do adversário.

No grupo estiveram Emerson Sheik e Carlos Alberto, que, entretanto, não participaram da atividade com bola. A dupla foi poupada e fez um trabalho na sala de musculação, mas está confirmada na relação que vai enfrentar o Grêmio. O atacante será titular e o meia deverá ficar novamente no banco de reservas. Ele retornou à equipe no jogo contra o Goiás, quase dois meses após sofrer uma lesão no tornozelo direito.

Poupados, Emerson Sheik e Carlos Alberto deixam o campo do Engenhão de van antes do início de treino recreativo (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Depois de cerca de 10 minutos de conversa no campo entre Mancini e os jogadores, a equipe fez um treino recreativo já com os recém-contratados Murilo, atacante, e Régis, lateral-direito. Jobson, que segue preservado até que sua situação de punição na Arábia Saudita seja esclarecida pela Fifa, participou da atividade mas não será relacionado.

Ainda com o lateral-direito Edílson se recuperando de lesão muscular, o Botafogo deve enfrentar os gaúchos com a seguinte formação: Jefferson, Dankler, Bolívar, André Bahia e Julio Cesar; Airton, Gabriel e Ramírez; Zeballos, Rogério (Wallyson) e Emerson.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

Técnico do Botafogo na Libertadores perde espaço e vira 'estranho no ninho'



O Botafogo surpreendeu a todos quando anunciou Eduardo Hungaro como treinador da equipe para a temporada de 2014 e, consequentemente, para a disputa da Libertadores – o que não ocorria havia 18 anos. O time fracassou e o profissional foi rebaixado a auxiliar técnico de Vagner Mancini. O problema é que ele perdeu totalmente sua força e é um 'estranho no ninho' no Alvinegro.

O principal motivo é que Vagner Mancini trabalha com uma comissão técnica fixa e trouxe seus auxiliares Regis e Mauricinho para o Botafogo. Portanto, Hungaro se viu sem espaço e ajuda como pode, com ações burocráticas nos treinamentos em sua maioria.

Outra questão, porém, atrapalha o treinador que comandou o Botafogo na Libertadores. Hungaro foi promovido na época, principalmente, porque o presidente Maurício Assumpção tinha como objetivo revelar também treinadores. Até houve uma consulta no mercado para substituir Oswaldo de Oliveira, mas os salários inflacionados impediram possíveis acertos.

Alguns jogadores não se sentem totalmente á vontade perto de Hungaro justamente por acharem que há uma forte ligação entre ele e o presidente do clube. Como se sabe, Assumpção não está prestigiado no elenco, já que várias promessas feitas não foram cumpridas – principalmente com relação aos salários atrasados.

Eduardo Hugaro jamais contou com o apoio da maioria dos torcedores do Botafogo, que gostaria de um treinador mais experiente para a disputa da Libertadores. Mesmo assim, empolgados com o retorno à competição internacional, lotaram o Maracanã e fizeram linda festa nos primeiros jogos, com direito a mosaico com os dizeres "O gigante voltou", frase utilizada pela Conmebol para comemorar o retorno do Botafogo ao campeonato.

O Botafogo poderia até mesmo ter se classificado com uma rodada de antecedência, mas uma derrota em casa para o Independiente del Valle-EQU deixou o time em situação delicada e encaminhou a eliminação, confirmada contra o San Lorenzo-ARG, em Buenos Aires. Além do fracasso na Libertadores, o Alvinegro foi muito mal no Carioca. Hungaro não resistiu à pressão e deu lugar a Vagner Mancini.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro