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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Wallyson sofre lesão durante treino e preocupa o Botafogo


Atacante sofre um entorse no tornozelo direito ao escorregar em campo durante uma atividade de finalizações no gramado anexo do Engenhão



Uma cena preocupante chamou a atenção durante o treino do Botafogo na tarde desta quarta-feira, no Engenhão. Wallyson sofreu um entorse no tornozelo direito ao escorregar durante uma atividade de finalizações. Após a queda, o jogador não conseguia andar e teve de ser retirado de campo carregado por integrantes da comissão técnica, para depois ser colocado dentro de uma Kombi do clube e levado ao departamento médico.

Wallyson se lesiona em treino do Botafogo (Foto: Bernardo Eyng)
A lesão acontece no momento em que o atacante voltou a mostrar o bom futebol e os gols de seus primeiros jogos com a camisa alvinegra. Ele vem sendo um dos principais jogadores da equipe, tendo marcado três vezes nas últimas quatro partidas – primeiro, na vitória sobre Corinthians, depois no empate com o Sport e, por último, no importante triunfo contra o Flamengo, no último sábado, na Arena Amazônia.

Wallyson iniciou tratamento imediatamente e, nesta quinta-feira, será reavaliado para se definir a necessidade de um exame no local. A equipe se prepara para enfrentar o líder Cruzeiro no próximo domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão, e o jogador é peça fundamental do técnico Vagner Mancini.

Kombi, com Wallyson já dentro, se prepara para deixar o campo rumo ao DM (Foto: Bernardo Eyng)

O Botafogo ocupa a 17ª posição no Campeonato Brasileiro, com 33 pontos, e, segundo os matemáticos, precisa de pelo menos mais 12 nas últimas sete rodadas para se livrar do rebaixamento.

Por Bernardo EyngRio de Janeiro

Com R$ 20 mi a receber do Bota, Odebrecht quer dividir gestão do Engenhão


Egenhão ainda passa por obras e deixa Botafogo em dúvida pro prazo de devolução em novembro Bernardo Gentile/UOL

Responsável pela construção e reforma do Engenhão, a Odebrecht tem planos maiores para o estádio. O Botafogo é gestor do local até 2027, com opção de renovação por mais 20 anos, mas pode ganhar um companheiro nessa missão. Isso porque, segundo apuração do UOL Esporte, a empresa até já realizou uma reunião e tem como objetivo administrar o estádio de forma compartilhada com o Alvinegro, de quem tem R$ 20 milhões a receber até 2016.

A quantia é referente a um empréstimo feito pela Odebrecht ao Botafogo, que não explicou o motivo. No balanço do ano passado, o Alvinegro declarou R$ 11 milhões, mas o restante da quantia (R$ 9 milhões) só será divulgado no próximo documento, em 2015. O fato é que o clube tem até 2016 para quitar a dívida, que poderá influenciar para a construtora alcançar o objetivo de compartilhar a gestão do Engenhão, embora ambos neguem essa possibilidade.

A relação entre os dois não é novidade. A Odebrecht já tem uma parceria com o Botafogo para que o clube jogue no Maracanã, estádio que a empresa já administra. Com o Engenhão interdidato há um ano e meio por problemas em sua cobertura, o Alvinegro fechou um contrato com a construtora para que pudesse jogar na arena da final da Copa do Mundo de 2014.

Neste contrato, há uma cláusula de "sinergia" entre Botafogo e Odebrecht. Segundo essa cláusula, o clube se compromete a negociar com a Odebrecht uma forma de colaboração mútua no que diz respeito ao Engenhão e ao Maracanã. Isso, oficialmente, seria uma forma de possibilitar que o clube pudesse continuar jogando no Maracanã mesmo após a reabertura do Engenhão.

Os termos exatos dessa "sinergia", contudo, não estão todos detalhados. Representantes de Botafogo e Odebrecht reuniram-se recentemente para negociar com uma parte pode colaborar com a outra sobre o Engenhão e o Maracanã.

Oficialmente, a Odebrecht informou que não foi falado sobre transferência ou compartilhamento da gestão do Engenhão (leia nota completa abaixo). Já o Botafogo diz que essa decisão caberá a próxima gestão e que isso só ocorrerá caso seja bom financeiramente para o Alvinegro.

O clube tem um contrato com a Prefeitura do Rio para administrar o estádio pelos próximos 33 anos. Procurada, a prefeitura informou que desconhece qualquer negociação entre Botafogo e Odebrecht sobre o Engenhão.

Vale lembrar que a Odebrecht, além do Maracanã, também controla Arena Fonte Nova, em Salvador, e a Arena Pernambuco, na região metropolitana de Recife. Os dois estádios receberam jogos da Copa do Mundo.

Antes de assumir a administração do Maracanã, a Odebrecht também liderou o grupo de empresas que reformou o estádio para a Copa. Depois, num processo de licitação conturbado, ela passou a controlar a arena da final do Mundial.

Neste momento, a Odebrecht também está reformando o Engenhão. O estádio, que será palco das competições de atletismo na Olimpíada de 2016, passa por reparos em sua cobertura. Sua reabertura está programada para o final deste ano.

Leia o posicionamento oficial da Odebrecht:

A Odebrecht Properties, controladora da concessionária que administra o complexo Maracanã, confirma que estuda com o Botafogo de Futebol e Regatas sinergias operacionais entre o Maracanã e o Estádio João Havelange (Engenhão). Esses estudos, entretanto , não consideram a transferência da titularidade da concessão do Engenhão.


Candidatos à presidência admitem ouvir Odebrecht


Thiago Cesário Alvim, da chapa "Por Amor ao Botafogo"Estou aberto como candidato a ouvir propostas. O Engenhão é um bem que precisamos, pois sua rentabilidade ajuda nas finanças e queremos sua retomada. Se a oferta for interessante terá meu apoio. Sei que consigo fazer R$ 20 milhões anuais. Preciso que [a proposta] seja algo que cubra isso. O Engenhão tem muitos aspectos a serem explorados.Engenhão mudou o bairro, que agora tem prédios de Barra.


Vinícius Assumpção, da chaoa "Movimento Carlito Rocha"Se for para o bem do Botafogo, a gestão compartilhada pode existir. Mas a administração será do Botafogo e não vamos abrir mão disso. Se for algo que possa ajudar o Botafogo, não vejo o problema. Se ganhar as eleições e a empresa ainda tiver o interesse é só fazer uma proposta e analisaremos. Quero ressaltar que já temos um projeto para o estádio ser a verdadeira casa do Botafogo, nosso objetivo.


Carlos Eduardo Pereira, da chapa "Mais Botafogo'O Engenhão é um caixa preta. Essa interdição não ficou esclarecida. Não sabemos a real perda de receita, se é realmente o que o atual presidente alega (R$ 20 milhões anuais). Tem esse empréstimo de R$ 20 milhões feito pela Oderbrecht e não sabemos o porquê. Assim como outras coisas feitas pelo Maurício. Hoje sou contra, pois o Engenhão é muito importante. A não ser que a proposta seja vantajosa.


Marcelo Guimarães, da chapa "O Grande Salto"Preciso compreender em profundidade essa relação que já existe entre os dois. O Botafogo não abrirá mão de ser o administrador máster do estádio. A concessão é nossa e será exercida. É publico que o "Grande Salto" tem no Engenhão um equipamento estratégico do seu projeto. Nossa candidatura é a única com experiência no estádio e já temos providencias para transformar em um polo gerador de receitas.


Bernardo Gentile e Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro

Botafogo paga terceira parcela de entrada no Refis da Crise


Glorioso já quitou R$ 10,5 milhões de valores referentes ao programa de regularização de dívidas com a União. Clube ainda precisa pagar R$ 7 milhões neste ano




Torcida do Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Pagamento de dívidas é boa notícia para a torcida
alvinegra (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
O Botafogo pagou a terceira parcela do valor da entrada no Refis da Crise - parcelamento de débitos tributários com a União. Nos últimos três meses, o Glorioso quitou R$ 10,5 milhões do programa, que também tem somado o valor da Timemania. Neste ano, o Alvinegro ainda terá de pagar as duas últimas parcelas da entrada no programa. Somadas, as quantias chegam a R$ 7 milhões.

Se conseguir honrar estes compromissos, o Botafogo entra em 2015 com parcelas de R$ 600 mil por mês para pagar. Ou seja, é importante que o Glorioso consiga quitar as duas últimas parcelas que restam para começar o próximo ano com o orçamento menos onerado.

A outra alternativa para quitar as dívidas com a União é a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que segue sem aprovação, pelo menos por enquanto.

O clube ainda tenta voltar ao Ato Trabalhista, acordo que permite o pagamento de dívidas trabalhistas sem penhoras de receitas. Atualmente, porém, fora do Ato, o clube sofre com penhoras promovidas por ações na Justiça de ex-jogadores e ex-funcionários.


Luiz Gustavo Moreira e Paulo Victor Reis LANCENET! 

Cuiabá é favorita a receber próximos dois jogos do Botafogo pelo Brasileiro


Sem acordo com Manaus, Alvinegro negocia para atuar na Arena Pantanal contra Atlético-PR e Figueirense, pela 33ª e 35ª rodadas do Brasileirão, respectivamente



Arena Pantanal pode sediar jogos do Botafogo contra Atlético-PR
 e Figueirense pelo Brasileirão (Foto: Getty Images)
Após duas vitórias em dois jogos disputados na Arena Amazônia, Vagner Mancini deixou clara sua vontade de atuar em Manaus nos próximos jogos nos quais o Botafogo terá mando de campo no Campeonato Brasileiro. Assim, a diretoria chegou a iniciar conversas para disputar outros jogos no local, mas não houve acordo. Por isso, a Arena Pantanal, em Cuiabá, passou a ser a favorita para sediar os confrontos do Alvinegro contra Atlético-PR e Figueirense, marcados para os dias 8 e 19 de novembro, respectivamente. Os duelos são válidos pela 33ª e 35ª rodadas do Brasileirão, respectivamente.

Uma das sedes da última Copa do Mundo, a Arena Pantanal ainda não recebeu o Botafogo, o que é visto como um ponto importante em termos de presença de público. Além disso, conta a favor de Cuiabá já ter sediado outros jogos de grandes times neste Brasileirão, o que é visto como um facilitador em termos operacionais e de logística.

Outro local que conta com um grande número de botafoguenses, Brasília foi de pronto descartada pela diretoria alvinegra. A alegação do clube é de que a empresa Bilheteria Digital ainda não pagou valores referentes à partida da equipe contra o São Paulo, realizada dia 10 de setembro no Mané Garrincha. Anteriormente, o Botafogo também já havia escolhido o Distrito Federal para sediar o clássico contra o Fluminense, no primeiro turno do Brasileirão.

O Botafogo se vê praticamente impedido de atuar no Maracanã até o fim do ano, já que uma ação judicial imposta pelo técnico Joel Santana em 2003 penhora as rendas do clube no estádio. Por isso a equipe atuou em Volta Redonda (RJ) no empate em 1 a 1 com o Sport, quando o boletim financeiro apontou prejuízo de quase R$ 60 mil.

A cidade do sul fluminense, entretanto, não está descartada pelo Botafogo para o jogo contra o Atlético-PR. O clube chegou a entrar em contato com o Vasco para uma consulta da possibilidade de atuar em São Januário, mas ouviu a resposta de que o gramado precisa ser conservado para a equipe cruz-maltina nas últimas rodadas da Série B.

Ao comentar a possibilidade de o Botafogo atuar novamente em Manaus ou em algum outro estádio fora do Rio de Janeiro, o atacante Wallyson afirmou que o grupo precisa estar preparado para jogar em qualquer local.

- O Botafogo foi bem recebido em Manaus, onde a torcida mostrou um carinho grande. Nossa equipe jogou duas vezes lá e foi bem. Vamos ver se voltaremos ou não. Se tiver que jogar no Maracanã ou em outro estádio, vamos jogar.

No fim de semana, o Alvinegro viaja a Minas Gerais, onde enfrenta o Cruzeiro, no domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE