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domingo, 28 de junho de 2015

Carta na manga, Daniel Carvalho comanda quase reação e é elogiado


Cada vez melhor fisicamente, meia de 32 anos melhora o Botafogo na derrota para o Macaé e marca seu segundo gol. “Tem muito talento”, se rende René Simões



Se o Botafogo conseguisse arrancar um empate ou, na melhor das hipóteses, virasse o placar para cima do Macaé neste último sábado, os créditos certamente teriam que ser depositados na conta de Daniel Carvalho. Cada vez mais inteiro fisicamente, o experiente jogador emprestou uma parcela inegável de talento ao meio de campo, marcou um gol e comandou uma quase reação do Glorioso no Estádio Moacyrzão – o time alvianil acabou marcando o quarto no fim de jogo e fechando o resultado em 4 a 2. No entanto, ao menos na visão do técnico René Simões, nada disso apagou a boa atuação de sua carta na manga.





Aos 32 anos, Daniel tem sido um trunfo de Renê acionado sempre que o Botafogo está em apuros. Como estava há quase dois anos afastado do futebol, ele ainda não tem condições de atuar 90 minutos, mas tem entrado com frequência no decorrer das partidas. O primeiro gol contra o Macaé, por exemplo, foi inteiramente dele, que arriscou a jogada individual e bateu com a perna direita no canto. No segundo, Daniel levantou a bola na área para o gol de Roger Carvalho.


Daniel Carvalho encara a marcação durante duelo contra o Macaé (Foto: Vitor Silva / SSPress)

- (O Daniel) é um jogador que eu acredito muito, tanto que eu tive o cuidado de mandar uma mensagem à torcida do Botafogo, porque tinha alguém falando que ele era “chinelinho”. Nada disso, ele está todo tempo treinando. Nós precisamos segurar o jogador, que é diferenciado, mas vinha de um histórico agora de ficar parado muito tempo. Ele sentiu um desconforto, por isso temos que tomar cuidado. Mas, naquele momento, não tinha mais nada o que ser feito, tinha que botar ele, que tem muito talento. Se estivesse ganhando, eu não colocaria ele, ia segurar para sexta. Botei dois jogadores experientes, ele e o Lulinha, mas, infelizmente, não foi o suficiente – lamenta o comandante.

Como se não bastasse a postura dentro de campo, Daniel Carvalho também não se escondeu após a primeira derrota na Série B do Brasileiro e assumiu a bronca no caminho para o vestiário. Segundo ele, o resultado “foi uma grande vergonha”.

- Não se pode tomar três gols primeiro tempo. Deixamos a desejar, foi vergonhoso. Mas não podemos achar que, por causa de uma derrota, está tudo errado. Ainda estamos na liderança – declarou o meia.

O próximo compromisso do Botafogo no Brasileiro é na sexta-feira, contra o Sampaio Corrêa, no Engenhão, às 21h50.

Por Chandy Teixeira e Tébaro Schmidt Macaé, RJ/GE

OPINIÃO: Botafogo errou tudo, a ficha caiu e olé do Macaé ficou barato


René Simões deve falar menos e melhorar a parte tática e técnica da equipe se quiser manter a liderança






Alô, diretoria. Abre o olho. Mesmo sendo Série B, é preciso de reforços. Perder para o Macaé – com todo o respeito – já é feio. Perder levando um baile, é pior ainda. É vergonhoso! Alô, René Simões, chega de teoria, de falar nas coletivas que “olhei os números e tivemos domínio aqui ou acolá”. A ficha caiu neste sábado, no Moacyrzão, com os 4 a 2 (3 a 0 só no primeiro tempo) do Macaé. E a ficha caiu mais ainda quando o Botafogo entrou na roda no fim do jogo.

René, na boa, para com o “falatório”. Faz a equipe jogar, faz a equipe ter plano tático, faz a equipe aprender a trocar passes de forma correta e que crie jogadas, porque os gols de ontem saíram de jogada individual (Daniel Carvalho) e falha do goleiro (Fernando) adversário.

Os jogadores até tiveram empenho, porém, não é só isso que vai fazê-lo voltar para a Série A do Brasileiro. O time mostrou nesta partida todas as deficiências possíveis e que não pode – de forma alguma – achar que é o “terror“ da Segundona.

Não, não é! Ficou claro: vários buracos no sistema defensivo inteiro, pelo meio e pelas laterais. Do lado esquerdo, então, era uma avenida. Luis Ricardo parecia uma barata tonta, os zagueiros bateram cabeça, o goleiro Renan mostrou insegurança.

Botafogo mostrou limitações na derrota para o Macaé
 (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
E na frente? Do meio para o ataque, nada de bom também. Sem jogadas, tudo na base do “vamos lá, vamos lá...”. Só Daniel Carvalho teve um lampejo e marcou gol em jogada individual. Esse time não pode ser chamado de Glorioso, embora ainda seja líder da competição.

Depois do vexame no primeiro tempo, o Botafogo tentou se recuperar. Diminuiu duas vezes o marcador, no entanto, os erros continuaram e o Macaé sacramentou a boa vitória com direito a olé.

E o que falar de novo sobre Bill? Foi sacado durante a etapa complementar. Apareceu? Correu, é verdade. Mas só isso não adianta. Merece esquentar o banco – e René Simões já devia ter feito isso – até voltar a melhor forma técnica e física. Aliás, ele apareceu quando fez gestos obscenos para a torcida ao ir para o vestiário, segundo a rádio CBN. Que isso, Bill? Perdeu a linha!

Não só Bill deve ligar o alerta, mas o técnico e todos os jogadores. Lógico, a diretoria também. Estamos no início ainda, mas fazer a torcida “sofrer” também na Série B é total falta de respeito. Já basta o que o ex-presidente Maurício Assumpção aprontou nos últimos anos.


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