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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Bota inicia Brasileiro em São Januário, mas define casa na Ilha do Governador


Clube anunciará nesta sexta um projeto para ampliação da capacidade do estádio Luso-Brasileiro para 18 mil torcedores. Estreia contra o São Paulo será na Colina




A dúvida sobre qual será a casa do Botafogo durante o Campeonato Brasileiro está sanada. O Alvinegro convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira com o presidente Carlos Eduardo Pereira, onde deve anunciar um projeto de reforma do Estádio Luso-Brasileiro, casa da Portuguesa-RJ e localizado na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela "Rádio Tupi" e constatada pelo GloboEsporte.com. A diretoria não confirma, mas já há um acordo envolvendo a ampliação da capacidade do local, que é de 3.718 lugares, para 18 mil - a CBF exige capacidade mínima para 15 mil torcedores na Série A.


Resta saber o tempo necessário para realizar a obra. Até a reforma ser concluída, a tendência é que o Alvinegro continue utilizando São Januário quando não houver conflitos de data com as partidas do Vasco. Segundo o GloboEsporte.com apurou, o Botafogo já indicou a Colina à CBF para a estreia contra o São Paulo, no dia 15 de maio - o Cruz-Maltino iniciará a Série B fora de casa, no Maranhão. A casa vascaína sempre fez parte dos planos da diretoria, que chegou a propor um acordo: se o Cruz-Maltino não cobrar aluguel, não precisa pagar a dívida que tem pela venda de Fellipe Bastos no ano passado para o Al Ain, dos Emirados Árabes. O clube de General Severiano cobra 5% do valor da transferência - € 18,5 mil, cerca de R$ 80,5 mil - em função do mecanismo de solidariedade por ter formado o volante, atualmente com 26 anos.

Estádio Luso-Brasileiro localiza-se na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro (Foto: Diego Gavazzi/TV Rio Sul)

Junto com Flamengo e Fluminense, o Botafogo inspecionou o Luso-Brasileiro no fim do ano passado, mas vinha trabalhando com outras alternativas para o Campeonato Brasileiro. O plano A, que era o Caio Martins, em Niterói, foi adiado para 2017 por falta de recursos para a obra. Outras opções analisadas foram o Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, em Juiz de Fora (MG), cidade considerada reduto de torcedores alvinegros, e Édson Passos, mas outras equipes do Rio já negociam com o América o uso de suas dependências na Série A.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

5 kg mais forte, Sassá volta "louco" para jogar e supera morte da mãe


Cinco meses e meio após operar joelho esquerdo, atacante retorna ao Botafogo nesta quinta, contra o Coruripe, e carrega homenagem pela Dona Elizete, vítima de acidente



A enorme cicatriz no joelho esquerdo deixou marcado: foram os cinco meses e 15 dias mais demorados da vida de Sassá. Quando entrar em campo na noite desta quinta-feira em Los Lários, contra o Coruripe pela Copa do Brasil, vai ser inevitável não passar aquele filme na cabeça: o momento da lesão, a tristeza por interromper sua melhor fase na carreira, a complexa cirurgia para reconstruir o ligamento, o apoio da família, o longo período de reabilitação, horas e horas de academia... Foi tanta musculação que o jovem atacante, de 22 anos, ganhou 5 kg de massa muscular durante o tratamento e retornará mais forte ao time do Botafogo. A tendência é que ele comece no banco, mas está "louco" para jogar. Nem que seja só por cinco minutos.


- Estou feliz da vida, louco para voltar, louco de vontade nos treinos... Pessoal até pede calma (risos). Antigamente (antes da lesão), brincava dizendo que queria jogar pelo menos 40 minutos, agora cinco para mim está ótimo (risos) - brincou o descontraído atacante, com fome de gol:


- Se sobrar ali a gente bota para dentro.


Mais forte e com fome de gol, Sassá volta ao Botafogo após cinco meses e meio (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Quando o filme chegar na parte da família, vai ser impossível também não se emocionar. Foi difícil para o jovem superar a morte da mãe, a Dona Elizete, vítima fatal de um acidente de ônibus na BR-101, na altura de Cachoeiro de Itapemirim (ES), ao voltar de uma excursão de Páscoa há quatro anos. As lembranças dela, maior incentivadora da carreira do filho, ainda enchem os olhos de Sassá de lágrimas. Mas com o nascimento do filho Murilo, de 10 meses, e o apoio da esposa Juliana e do pai Luiz Roberto, garante ter superado a tragédia. E, recentemente, tatuou no braço uma homenagem em forma de coroa para eternizar a sua rainha.

Confira a entrevista completa com Sassá:

GloboEsporte.com: você lembra como foi a lesão?
Sassá: Estava muito feliz, era meu melhor momento no Botafogo desde que virei profissional. Sentindo que a carreira estava decolando. Aí aconteceu a lesão. No primeiro lance, quando tentei girar sobre o cara, senti o joelho falsear. Se eu tivesse saído ali... Mas faltava pouco para acabar o jogo, voltei, e no outro lance, quando fui girar, a chuteira não veio. Sabia que tinha rompido alguma coisa.


Na hora você já imaginou a gravidade?Senti o joelho dar uma estalada, falei: "Já era". Já sabia que era sério, que tinha dado ruim. Procurei ficar o mais tranquilo possível. Coloquei na mão de Deus. Por dentro, fiquei um pouco chateado, mas procurei entender.


Como foi acompanhar o Botafogo de longe?

É horrível, até evitava ficar vendo jogos do Botafogo para não ficar com aquela sensação ruim (de não poder jogar). Foi na reta final do Brasileiro, sendo que no filé fiquei fora, fora da foto do título. Nos treinos às vezes eu chegava um pouco atrasado de propósito para não ter muito contato, pois sabia que iria demorar. Procurei fazer tudo, tentei ficar ao máximo tranquilo, sabia que não ia ser rápido. Já estava com meu filho, então tive mais tempo para ficar com ele.


E agora, como se sente?

Estou feliz da vida, louco para voltar, louco de vontade nos treinos... Pessoal até pede calma (risos), não tem como. Antigamente (antes da lesão), brincava dizendo que queria jogar pelo menos 40 minutos, agora cinco para mim está ótimo (risos).

Sassá ao lado de Elizete e da irmã Roberta: atacante tatuou recentemente homenagem à mãe (Foto: Arquivo Pessoal)



Você está feliz?
Sempre. Sou um cara feliz, tenho família, esposa, jogo no Botafogo... Não tem como ficar triste.


As marcas no joelho de Sassá (Foto: Thiago Lima)
Dá para dizer que você superou o acidente com sua mãe?
A cabeça não fica muito boa, mas procurei focar ao máximo. Meu objetivo principal era dar uma vida melhor para ela, infelizmente não deu. Falei: "Mãe, vou te dar uma casa". Fiz tudo, comprei tudo, aí aconteceu essa situação. A cabeça deu uma revirada... Mas graças a Deus consegui tocar o barco.


Ela chegou a te ver no profissional?
Na época eu subia, descia... Ela ajudava um rapaz com dificuldades, e ele era botafoguense, então estavam sempre aqui (em General Severiano).

 
Acha que ela pode estar te vendo hoje de algum lugar?
Eu não acredito.


O que a torcida do Botafogo pode esperar nesta tua volta?
Muita garra, determinação, vontade... Vou dar o meu máximo nos jogos, e se sobrar ali (a bola) a gente bota para dentro. Estou louco, vai chegar o dia 30, mas não chega o dia 28 (risos). Dá para sentir um frio na barriga.


Você tem receio de algum movimento com a perna esquerda?
Dá um pouquinho de medo, mas o médico falou: "Vai com calma, devagar". É natural, com o tempo passa.


Fonte: GE/Por Thiago Asmar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Botafogo trabalha para ter Airton no segundo jogo da decisão do Carioca



Em fase final de recuperação de um estiramento na coxa, volante já vai a campo, mas ainda não treina com bola. Aproveitamento no jogo decisivo ainda é incerto




O Botafogo perdeu Emerson para o restante do estadual, mas pode ganhar um reforço inesperado para a segunda partida da decisão do Carioca. O clube corre contra o tempo para colocar Airton em condições para o segundo jogo contra o Vasco, em 8 de maio.

Airton está em fase final de recuperação de uma grave lesão muscular na coxa direita, na partida contra o Flamengo, em 2 de abril. Na ocasião, ele sofreu um estiramento de grau 2 na coxa esquerda. Desde a semana passada ele voltou a treinar em campo, mas ainda não participou de atividades com bola. 

Airton vem trabalhando forte para voltar ainda no Carioca (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

- O Airton está se recuperando de uma lesão grave que sofreu contra o Flamengo. Ele está fora há 24 dias. Pode ser que consigamos recuperá-lo para o segundo jogo do Carioca. Mas não dá para afirmar que ele jogará – disse o médico do Botafogo, Luiz Fernando Medeiros.


EMERSON PODE PERDER INÍCIO DO BRASILEIRO

Em relação a Emerson, as notícias não são boas. Com uma lesão no músculo reto femoral, da coxa, o zagueiro está fora do estadual e pode perder, inclusive, as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.

- O Emerson sentiu a coxa, está fora da decisão e vai demorar algumas semanas para voltar. Mas vai retornar no Campeonato Brasileiro para nos ajudar. Ele sofreu lesão coxa direita relativamente importante. Ele deve levar de três a quatro semanas para voltar a jogar.

Com a lesão de Emerson, o Botafogo inscreveu Sassá na vaga do defensor para a decisão do Carioca. O atacante, que retorna aos gramados após quase seis meses, nesta quinta, contra o Coruripe, estará à disposição de Ricardo Gomes para a decisão contra o Vasco.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro