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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Botafogo e Vasco ficam com 26% da renda; Alvinegro tem valor penhorado


Entre despesas, taxas e custo operacional, clubes dividem R$ 481.149,60. Renda total foi de mais de R$ 1,8 milhão. Diretoria alvinegra tenta reverter penhora na Justiça


A opção por assumir a organização da decisão do Campeonato Carioca se mostrou rentável, mas nem tanto para Botafogo e Vasco. Da renda total de R$ 1.840.370,00, apenas 26% foram para os cofres dos clubes.

Entre despesas, taxas e custo operacional, Botafogo e Vasco dividiram apenas R$ 481.149,60. Pior para o Alvinegro, que ainda teve sua parte penhorada pela Justiça. O clube tenta reverter a decisão. 


Botafogo e Vasco fizeram o primeiro jogo do anjo no Maracanã (Foto: André Durão/ Globoesporte.com)

De acordo com o borderô divulgado pela Ferj, o custo operacional da partida foi de mais de R$ 531 mil. Outras questões como confecção e pré-venda (R$ 128 mil), ingressos promocionais (R$ 235 mil) e a taxa da Ferj (R$ 160 mil) também pesaram. Em comparação com o clássico entre Santos e Palmeiras, pelas semifinais do Campeonato Paulista, chama a atenção a diferença do gasto para emissão e controle de ingressos: para a partida na Vila Belmiro, foram necessários R$ 55.058,80.


Confira abaixo as despesas dos clubes:

Borderô da primeira partida da decisão do Carioca


Fonte: GloboEpsorte.com/Rio de Janeiro

Como superar Martín Silva? Botafogo prega tranquilidade e pontaria por gol


Goleiro vascaíno fecha a meta mais uma vez contra Alvinegro, e Gegê e Bruno Silva pedem calma: "A gente está conseguindo o mais difícil, que é colocar situação de gol"





"O Martín teve uma grande atuação, deu no que deu". As palavras do técnico Ricardo Gomes em entrevista coletiva no Maracanã, após a derrota por 1 a 0 do Botafogo para o Vasco, no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, retratam bem o que foi o duelo: domínio alvinegro e um carrasco cruz-maltino. O time de General Severiano criou as melhores oportunidades, mas o goleiro se mostrou eficiente no mano e mano: parou Ribamar e atrapalhou Bruno Silva. E não foi a primeira vez. No encontro anterior - o arqueiro não jogou o segundo dos três clássicos por estar com a seleção do Uruguai -, também já havia levado a melhor sobre Ribamar e feito milagre em finalização de Neilton (veja no vídeo acima). Afinal, como superar o paredão uruguaio?

Não é que ele cresce, às vezes a finalização está acabando em cima dele. Acho que tem que tentar tirar um pouquinho dele para fazer o gol"
Gegê, meia do Botafogo


Se ainda quiser ser campeão carioca, o Botafogo vai precisar encontrar a resposta para esta pergunta e vazar um goleiro que sofreu só nove gols em 17 jogos na temporada - quase um a cada duas partidas. Do atual elenco, o único que já conseguiu o feito foi o zagueiro Emerson, que está lesionado e surpreendeu o arqueiro com uma bomba em cobrança de falta no ângulo no primeiro duelo entre as equipes. Mas os jogadores alvinegros não veem a tarefa como impossível e para isso pregam duas coisas: tranquilidade e pontaria.


- Não é que ele cresce, às vezes a finalização está acabando em cima dele. Acho que tem que tentar tirar um pouquinho dele para fazer o gol. Está faltando um pouquinho mais de sorte. A gente está criando situações, mas infelizmente a bola não está entrando. Tem que ter um pouquinho mais de calma na hora da finalização para o gol poder sair - avaliou Gegê.


Martín Silva vem atuando adiantado para cortar lançamentos nas costas da zaga (Foto: André Durão/ Globoesporte.com)


Martín Silva vem atuando adiantado, permitindo que ele saia do gol e chegue primeiro na bola nos lançamentos para os atacantes nas costas dos zagueiros. No segundo tempo do clássico, Fernandes percebeu isso e tentou um gol do meio de campo, mas também não deu certo.

É ter calma para quando chegar cara a cara ter a tranquilidade de poder tirar do goleiro. A gente está conseguindo o mais difícil, que é colocar o companheiro em situação de fazer o gol"
Bruno Silva, volante do Botafogo


Bruno Silva não chegou a parar em Martín, mas ao tentar tirar do goleiro acabou pegando forte demais na bola e desperdiçando grande chance. O volante elogiou o arqueiro da seleção uruguaia, mas mostrou confiança em mudar o roteiro no jogo decisivo e citou como exemplo que o mais difícil, que é criar chances de gol, o Botafogo já vem conseguindo fazer.


- É um grande goleiro, eu tive uma chance ali e foi mérito dele também, saiu muito bem. Acho que tirei um pouquinho demais. É trabalhar, como o Ricardo falou, ter calma para quando chegar cara a cara ter a tranquilidade de poder tirar do goleiro. A gente está conseguindo o mais difícil, que é colocar o companheiro em situação de fazer o gol. Não tem nada decidido, tem mais 90 minutos ainda. A gente vai trabalhar para aprimorar essas chances. Na outra semana vamos ter mais oportunidades e vamos fazer.


O Botafogo volta a enfrentar o Vasco no próximo domingo, às 16h (de Brasília) no Maracanã. Como perdeu o primeiro duelo, o Alvinegro terá que marcar gols: se vencer por um de diferença, levará a decisão para os pênaltis; para ser campeão direto, precisará de dois ou mais de saldo.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro