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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Dia de confusão e longas filas termina com 40.147 ingressos vendidos da final


Restam pouco mais de 10 mil bilhetes, apenas para Setor Norte, destinado à torcida do Botafogo. Comercialização nesta quinta só em General Severiano e Caio Martins





O dia de longas filas, queda no sistema e muita confusão terminou com 40.147 ingressos vendidos para a final do Campeonato Carioca entre Vasco e Botafogo, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Quase a carga total disponível para comercialização, de 51 mil, esgotou logo no primeiro dia em que as bilheterias abriram - para este jogo, não houve compras pela internet. Restam pouco mais de 10 mil bilhetes disponíveis. As vendas continuam nesta quinta-feira, mas somente em General Severiano e no Caio Martins.


O jogo que decidirá o campeão carioca é só domingo, mas a busca por ingressos que começou na noite de terça-feira aumentou nas primeiras horas da manhã desta quarta e acabou gerando muita confusão. Por volta de 8h, por exemplo, centenas de torcedores, em sua maioria vascaínos, dormiam, jogavam altinha ou cantavam enquanto aguardavam a abertura das bilheterias do Maracanã, às 10h. Assim que a comercialização começou, cambistas tentaram furar fila e foram expulsos. A polícia chegou a usar spray de pimenta.


A mesma situação de procura por ingressos foi vista em São Januário, em São Cristóvão, e na sede do Calabouço, no Centro. Os torcedores do Botafogo se concentraram em General Severiano, em Botafogo, mas sem muita procura. A fila aumentou mesmo após às 10h30.


Marcada para as 10h, a comercialização começou por volta das 9h25 na bilheteria 3 do Maracanã, que apresentou um princípio de tumulto e correria com algumas pessoas querendo furar a fila, principalmente os cambistas. Com poucos policiais para amenizar a situação, torcedores acabaram brigando. Só após o fato, eles chegaram com spray de pimenta.


Ao perceber que as bilheterias destinadas ao Vasco estavam cheias e tumultuadas, torcedores correram para as que vendiam entradas para o espaço misto, que abriga simpatizantes dos dois clubes (veja no vídeo acima). Outros saíram do Maracanã e foram até General Severiano, que estava sem maiores problemas. Ás 15h, funcionários avisaram que o sistema de comprar tinha caído em vários pontos de vendas.


Segundo a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, a carga total é de 60 mil lugares, mas 51 mil serão colocados à venda. A parte destinada para meia-entrada, com preço variando entre R$30 e R$95, será de 40% do total. Sócios adimplentes dos dois clubes terão direito a benefícios de acordo com os seus planos. Vascaínos adeptos ao plano "Gigante" têm a possibilidade de comprar pela internet a partir do mesmo horário das vendas físicas.


A venda da na maioria dos pontos acontece até sábado, e apenas as bilheterias de General Severiano e Maracanã abrirão no domingo. As compras devem ser feitas apenas com dinheiro - cartões não serão aceitos. O GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) disse que quando restar só setor Norte, do Botafogo, a venda será realizada apenas em General Severiano e no Estádio Caio Martins.


Com o resultado de 1 a 0 na primeira partida, o Vasco precisa de um empate para conquistar o bicampeonato estadual. Caso o Botafogo vença o segundo por um gol de diferença, a decisão vai direto para a cobrança de penalidades. Mais de um, o Glorioso será campeão.


Fila de ingressos no Maracanã tem princípio de tumulto (Foto: Richard Souza)

Montagem Fila Vasco e Botafogo - São Januário e General Severiano (Foto: Editoria de Arte)


Torcedores do Vasco fazem fila na sede do Calabouço, no Centro (Foto: Raphael Zarko)
Fila em General Severiano aumentou bem após às 10h30 (Foto: Chandy Teixeira/GloboEsporte.com)


CONFIRA O SERVIÇO DO JOGO:

PREÇOS
Setores Norte (Botafogo) e Sul (Vasco) - R$60 (R$30 meia)
Setores Leste e Oeste (mistos) - R$80 (R$40 meia)
Maracanã Mais - R$145 (R$95 meia)

PONTOS DE VENDA
General Severiano - Quarta a sábado de 10h às 19h e domingo de 9h às 12h
Maracanã - Quarta a sábado de 10h às 17h e domingo de 10h às 16h45

Demais pontos - Quarta a sábado de 10h às 17h
São Januário
Caio Martins
Moça Bonita
Sede do Calabouço
Loja Gigante da Colina, de Icaraí


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com*Rio de Janeiro


* Richard Souza, Rapahel Zarko, Chandy Teixeira, Patricia Esteves, Thiago Lima e Matheus Palmieri (estagiário sob a supervisão de Emiliano Tolivia)

Kleber Gladiador fica distante, e Júnior Dutra volta a ser opção no Botafogo


Centroavante do Coritiba faz contraproposta considerada alta, e diretoria praticamente desiste de contratação. Novela de atacante ex-Santos e de Gegê terão capítulos finais



Júnior Dutra vem mantendo a forma física enquanto
espera acerto com um clube (Foto: Arquivo Pessoal)
Depois de Alex, mais uma tentativa de contratação do Botafogo ficou distante. A diretoria apresentou uma oferta salarial porKleber Gladiador e cogitou até pagar a multa rescisória diante da recusa do Coritiba em abrir negociação, mas a contraproposta feita pelo centroavante foi considerada alta pela diretoria, e dirigentes já dão o negócio como encerrado. E William Pottker, destaque do Linense ao lado de Anderson Aquino e que era uma opção no lugar de Kleber, já está a caminho de outro clube, possivelmente a Ponte Preta. Com isso, o Alvinegro vai retomar as conversas com Júnior Dutra, com quem abriu diálogo há quase três meses e está livre no mercado. Só que as tratativas ficaram congeladas com a viagem do vice-presidente de futebol, Antonio Carlos Azeredo, o Cacá, para resolver assuntos particulares em Portugal nos últimos dias.


Após se desvincular do Al Arabi, do Catar, com a ajuda do advogado Breno Tannuri, o atacante de 27 anos, ex-Santos, voltou para o Brasil e vem mantendo a forma física em um centro de performance de Barueri, em São Paulo. No mundo árabe, ele começou marcando cinco gols em sete jogos, mas acabou perdendo espaço ao precisar tratar de uma caxumba. Recuperado, mas insatisfeito no clube e com salários atrasados, rescindiu seu contrato na Justiça e chegou a ter encaminhado um acerto com o Botafogo, porém, os altos valores de luvas e comissão esfriaram a negociação. Como o jogador vê com bons olhos um retorno ao futebol brasileiro depois de seis anos entre Japão, Bélgica e Catar - por onde marcou 50 gols em 200 jogos desde 2010 -, seus representantes já diminuíram a pedida. Considerado experiente, ele agrada ao técnico Ricardo Gomes e é visto internamente como opção tanto para jogar pelos lados do campo quanto para fazer a função de centroavante.


Há, porém, um receio na contratação: o Botafogo teme uma possível ação na Fifa, mesmo motivo que o a desistir de Larrea. Em janeiro, a diretoria exigiu um documento da Federação Equatoriana de Futebol atestando que o volante equatoriano estava livre para se transferir a outro clube, mas as declarações obtidas foram consideradas em caráter liminar. Larrea vem jogando normalmente pelo El Nacional, do Equador, só que isso não muda o pensamento em General Severiano. Principalmente porque o Al Arabi pertence à família real do Catar. Para a contratação se Júnior Dutra se concretizar, dirigentes e o empresário do atacante, André Cury, cogitam acionar a Associação de Futebol do Catar para resguardar o Alvinegro no futuro.


Quarta-feira de Marquinho e Gegê

A volta de Cacá de viagem também fará o clube retomar as conversas sobre a renovação de Gegê. Nesta quarta-feira, o dirigente terá uma reunião com o empresário do meia, Cláudio Guadagno, para tentar dar um fim à novela que se arrasta desde março - o vínculo do jovem, de 22 anos, vai só até a próxima segunda. A intenção da diretoria é prorrogar, mas as partes não chegaram a um acordo financeiro, e a negociação pode terminar sem final feliz. O dia também será de cara nova: o meia Marquinho antecipou sua rescisão com o Macaé e se apresentará para exames médicos em General Severiano.


Até o momento, o Botafogo já acertou com quatro reforços para o Campeonato Brasileiro: o lateral-esquerdo Victor Luís, os atacantes Anderson Aquino e Geovane Maranhão, além do próprio Marquinho. O clube ainda busca nomes de peso para fechar o elenco.

Fonte: GE/


Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Emerson ou Renan? Virtudes distintas vão pesar na decisão de Ricardo


De um lado, técnica e posicionamento. Do outro, liderança e entrosamento. Titulares na primeira partida, apenas um dos dois começará no domingo ao lado de Carli









A disputa está aberta. Emerson Silva ou Renan Fonseca? Um dos dois será titular ao lado de Joel Carli, na decisão contra o Vasco, no domingo. Características diferentes, com prós e contras, que devem pesar na decisão de Ricardo Gomes.

Se antiguidade é posto, Renan Fonseca, em um primeiro momento, larga na frente. Opção de Ricardo Gomes para substituir o jovem Emerson em outras oportunidades, “Barba” tem o entrosamento e a liderança que exerce sobre o time a seu favor. Em um momento decisivo, sua experiência como um dos pilares do Botafogo na conquista na Série B pode pesar. Por vezes, costuma balançar as redes. Já foram três com a camisa alvinegra. Um, contra o Bangu, na atual temporada.


Renan Fonseca, porém, teria de jogar improvisado pelo lado esquerdo. Não que o posicionamento seja novidade para ele, neste Carioca, mas é um ponto contra. Pelo setor, Renan teve atuações seguras e outras nem tanto. No empate contra o Flamengo, por exemplo, ele esteve mal e quase comprometeu o Botafogo. Renan, no entanto, conta com a confiança de Ricardo Gomes.

Emerson Silva tem a seu favor a perna esquerda. Canhoto, o zagueiro entraria no time em sua posição original. Substituto natural de seu xará mais novo, ele foi preterido por Renan Fonseca em diversas oportunidades. Na ocasião, Ricardo Gomes alegou a falta de ritmo de jogo. Desde então, porém, Emerson Silva teve sequência de quatro partidas na reta final da Taça Guanabara, além de ter iniciado no domingo, ao lado de Renan, contra o Vasco.
 
Emerson Silva e Renan no treino desta terça. Apenas um dos dois começa no domingo (Foto: Marcelo Baltar)


O posicionamento, no entanto, não é a única vantagem de Emerson Silva. Se não exerce a mesma liderança de Renan, o zagueiro – ainda um pouco tímido no Botafogo - é mais técnico, tem velocidade e é bom no jogo aéreo. Apesar de ainda não ter deixado sua marca com a camisa do Botafogo, os gols de cabeça foram recorrentes ao longo da carreira.

As fichas estão na mesa. Resta a Ricardo Gomes fazer sua aposta.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro