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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Lindoso treina e pode ser relacionado; Sassá e Emerson devem seguir fora


Recuperado de lesão na coxa direita, volante antecipa volta e tem chance de ficar no banco diante do Internacional. Atacante e zagueiro estão praticamente descartados





Lindoso pode até jogar por alguns minutos contra o
Internacional (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
O treino desta sexta-feira, em General Severiano, não foi utilizado para montar o time, já que Ricardo Gomes adotou o mistério. Mas trouxe uma boa notícia à torcida do Botafogo: Rodrigo Lindoso está de volta. O volante, que sofreu uma lesão na coxa direita há um mês, estava previsto para voltar a ficar à disposição do técnico na semana que vem, porém, antecipou o retorno. Ele trabalhou normalmente com o grupo e poderá ser relacionado contra o Internacional. Se confirmado, a tendência é que ele fique no banco de reservas, mas o comandante deixou em aberto a possibilidade de usá-lo no decorrer da partida deste domingo, no Beira-Rio. Sassá e Emerson, por sua vez, continuam sem treinar e devem seguir fora da equipe. O atacante, com dores musculares, e o zagueiro, com problema dentário, foram praticamente descartados por Ricardo.


Outros jogadores que também não foram a campo nesta sexta foram Fernandes e Pimpão, poupados. O atacante, que participou de um jogo-treino contra o Nova Iguaçu na última quinta e até marcou um gol, ainda não está regularizado - para poder jogar domingo, seu nome precisa ser publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até às 19h (de Brasília). Dos titulares, Luis Ricardo e Yaca só correram no gramado, enquanto Ricardo comandou um treino técnico com oito na linha e sem goleiro. O time de colete, principal, teve Renan Fonseca, Emerson Silva, Diogo Barbosa, Bruno Silva, Dierson - depois substituído por Octávio -, Airton, Neilton e Ribamar. Carli, recuperado de lesão, está à disposição, mas não deve enfrentar o Internacional.


- Talvez no banco. Tem possibilidade ainda de o Lindoso pegar alguns minutos - disse Ricardo.


Uma provável escalação tem Sidão, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Emerson Silva e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Yaca e Camilo, Neilton e Ribamar. O Botafogo é o 19º colocado do Brasileirão com nove pontos, mesma pontuação de Coritiba e Sport, que estão à frente pelo saldo de gols e gols marcados, respectivamente, que são critérios de desempate. O Alvinegro fará seu último treino antes de voltar a campo neste sábado em General Severiano, em seguida viaja para Porto Alegre, onde pega o Internacional domingo, às 16h (de Brasília), no Beira-Rio.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro

Ricardo confirma Camilo e espera que fase passe: "Vai ter fim, não é possível"


Meia vai estrear pelo Botafogo contra o Internacional, mas técnico não garante sua titularidade e esconde escalação para tentar surpreender e melhorar média de gols




"Vai ter fim, não é possível", disse um sorridente Ricardo Gomes ao ser questionado sobre a má fase do ataque do Botafogo, que tem o menor número de gols marcados entre os 20 clubes do Campeonato Brasileiro. Foram apenas oito bolas na rede em 10 partidas. Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, em General Severiano, o técnico tratou como urgência afiar a pontaria dos jogadores e passar a transformar as chances claras criadas pela equipe em gols. Nas últimas duas rodadas, contra Corinthians e Figueirense, o Alvinegro teve 11 oportunidades e só aproveitou uma. A ponto de o comandante não titubear ao ser questionado sobre o que mais o preocupa no momento: o alto número de lesões do elenco - metade já passou pelo departamento médico esse ano - ou a má fase no setor ofensivo.


- A pontaria. Temos que melhorar ela para ver se vai mudar a campanha. Pela qualidade, não adianta jogar bem e não traduzir isso em gols. Vamos ter que continuar trabalhando para ver se a sorte muda. (Má fase) Vai ter fim, não é possível (risos). Incomoda a mim, jogadores, torcida...


Para ajudar na tarefa de fazer gols, Ricardo terá à disposição o meia Camilo, regularizado durante a semana e que fará sua estreia pelo Botafogo no domingo, contra o Internacional. Mas de titular ou no decorrer da partida? Nem isso o técnico, que escondeu a escalação para tentar surpreender o adversário e fará um treino fechado neste sábado, confirmou. Entretanto, elogiou o reforço e apostou na experiência do jogador, de 30 anos, em meio à pressão da zona de rebaixamento.


- (Titularidade) Isso só 45 minutos antes do jogo. Ele tem boa dinâmica, criatividade, essa é a minha leitura. Mas está chegando, não dá para exigir no primeiro jogo tudo que ele fez nas equipes anteriores. Tem o entrosamento, mas ele chega com essas características e boa finalização... Vai nos ajudar. Ele é daqui (do Rio de Janeiro), de família botafoguense, além da parte motivacional tem essa afinidade com o clube. É importante, e em um momento que não é tranquilo ele está com a cabeça muito boa e esperançoso.


Por falar em pressão, o Botafogo caiu para penúltimo com os resultados da última quinta-feira que encerraram a 10ª rodada. Para piorar, os próximos dois jogos do time são fora de casa, contra Internacional e Atlético-MG. Questionado sobre o que dizer aos jogadores neste momento, Ricardo demonstrou tranquilidade e voltou a mostrar otimismo.


- Passar orientações e confiança. O time tem três, quatro períodos do jogo muito bons, de qualidade, só que a bola não vem entrando. Consequentemente tem a perda de confiança, são todos seres humanos. Temos que reforçar confiança e trabalhar. É um início complicado, mas a qualidade do jogo, do primeiro tempo contra o Corinthians e o segundo tempo contra o Figueirense, isso dá ânimo e confiança.


O Botafogo é o 19º colocado do Brasileirão com nove pontos, mesma pontuação de Coritiba e Sport, que estão à frente pelo saldo de gols e gols marcados, respectivamente, que são critérios de desempate. O Alvinegro fará seu último treino antes de voltar a campo neste sábado, pela manhã em General Severiano, e em seguida viaja para Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional domingo, às 16h (de Brasília), no Beira-Rio.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro

E a Arena? Sem data de estreia, custo por jogo já é o dobro do Nilton Santos



CBF marca duelo com Santa Cruz para Juiz de Fora, e Alvinegro pode ter máximo de 13 partidas em 2016 no estádio em que investiu cerca de R$ 5 milhões para reforma




E a Arena Botafogo? Ou seria: e a arena, Botafogo? A previsão interna da diretoria de reinaugurar o estádio na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, no jogo contra o Santa Cruz dia 3 de julho, está ameaçada. A partida, válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi marcada pela CBF na última quinta-feira para Juiz de Fora (MG). O Alvinegro, porém, ainda tem esperanças de estrear sua nova casa e aguarda uma vistoria do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) nesta sexta para obter o laudo de segurança que falta. Mas a chance de mudança é remota, isto porque no Estatuto do Torcedor há um limite de 10 dias antes de cada confronto para definição do local. Consultada via assessoria de imprensa, a confederação não respondeu até a publicação desta matéria se uma mudança de palco ainda é permitida.


Se a arena realmente for vetada para 3 de julho, a próxima partida em que poderia ser usada é o clássico contra o Flamengo, três dias depois. Além da dúvida sobre a data da estreia, o torcedor também se pergunta sobre o custo-benefício do estádio. O Botafogo investiu cerca de R$ 5 milhões na reforma do Luso-Brasileiro, onde pode jogar apenas 13 vezes em 2016: 12 do Brasileirão e um da Copa do Brasil - se for passando de fase, esse número aumentaria em até mais quatro jogos. Contando só os garantidos, levando-se em conta que o local esteja liberado a partir do dia 16, o custo por duelo seria de aproximadamente R$ 385 mil. Pouco mais que o dobro da média de despesas que o Alvinegro teve durante todo ano passado no Estádio Nilton Santos: R$ 170.416,25.


O tema foi parar na reunião do Conselho Deliberativo na última terça-feira, em General Severiano. Um dos conselheiros presentes levantou a questão, e a diretoria deixou em aberta a possibilidade de seguir usando a arena em 2017, mesmo com a volta do Estádio Nilton Santos. Mas admitiu: o aspecto técnico está à frente do financeiro o atual cenário do clube. Discurso que bate com o do vice-presidente financeiro Luiz Felipe Novis, em entrevista ao GloboEsporte.com no dia 10 de junho.


- Os dois lados pesaram, mas o lado técnico pesa muito e pode até acarretar em uma volta à Série B. Estamos vendo isso, com o desgaste que o time está sentindo com as viagens. Isso complica o planejamento. É claro que vender jogos para fora gera receitas, mas também atrapalha o programa sócio-torcedor. Isso tudo tem que ser analisado. Mas é fato que não ter um estádio para se jogar no ano inteiro, como o Botafogo tinha até o ano passado, é um problema sério - afirmou.


Para ajudar nas despesas, as receitas que o Botafogo poderá obter com o espaço virá de bilheteria e dos pacotes vendidos para todos os jogos do Brasileiro - até a última segunda-feira, foram comercializados 607 pacotes arquibancada, de R$ 255, e 136 sociais, de R$ 450. Mas para diminuir eventuais prejuízos, membros da diretoria cogitam alugar o espaço para clubes rivais. Porém, o presidente Carlos Eduardo Pereira avisou que não há possibilidades de negócio com o Flamengo enquanto estiver correndo o imbróglio judicial envolvendo Willian Arão.


Quando lançou o projeto no fim de abril, o Botafogo previu inaugurar a arena no dia 12 de junho, contra o Vitória. Mas as obras atrasaram por causa das chuvas que atingiram o Rio nas últimas semanas, além de outros contratempos como por exemplo um vazamento durante as escavações. Fato é que o time profissional alvinegro deve ser o último a jogar no local. O estádio vai ser estreado na próxima quarta-feira pelo time de juniores do clube, em partida contra o Grêmio pela segunda fase do Campeonato Brasileiro Sub-20. Além disso, a Portuguesa-RJ, parceira no empreendimento, tem marcada pela CBF uma partida lá no dia 3 de julho, contra o São José-RS, pela Série D nacional. Os duelos são permitidos porque são de competições diferentes e os regulamentos exigem capacidade mínima menor do que os 15 mil da Série A.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro