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terça-feira, 26 de julho de 2016

Artilheiro "silencioso", Canales brinca: "Não sou muito amigo dos microfones"


Há dois meses no Botafogo e sem apresentação oficial, atacante chileno dá primeira entrevista, admite ter que melhorar a parte física e assume responsabilidade por gols




Ele chegou há dois meses. Passou um no departamento médico, se recuperando de um edema ósseo no pé direito. No outro, começou a jogar e dispensou até uma apresentação oficial pelo Botafogo. Este é o chileno Canales, tímido, avesso a entrevistas, mas que nesta terça-feira encarou pela primeira vez os microfones em General Severiano. E a primeira pergunta que teve que responder foi justamente sobre a sua timidez. Ela, aliás, não tem nada a ver com a questão do idioma. Apesar de falar espanhol, dos gringos alvinegros ele é quem melhor se comunica e entende o português. E embora se sinta desconfortável diante das câmeras, fez até brincadeira.


- Sim, não sou muito amigo de falar. Não é algo que eu goste muito, mas é necessário. Vou tratar de fazer na medida que se necessite. Mas, sim, não sou muito amigo dos microfones (risos).

Avesso aos microfones, Canales teve que encarar todos eles após treino desta terça (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Canales prefere deixar o papo para o campo. E a torcida do Botafogo não vai se importar se ele falar pouco e virar uma espécie de artilheiro "silencioso". Aos 34 anos e com histórico de goleador no Chile, o centroavante busca marcar o seu primeiro pelo Alvinegro após passar os dois primeiros jogos em branco - chegou a estufar a rede contra a Chapecoense, mas a jogada foi invalidada por impedimento (veja no vídeo abaixo). Sem estipular uma meta pessoal até dezembro, ele assumiu a responsabilidade por ser o homem-gol que o Alvinegro precisa.


Penso em fazer em quantidades porque para isso estou aqui, vivo disso. Em toda minha carreira vivi de gols e sei da pressão, é uma responsabilidade e a assumo"
Canales, centroavante do Botafogo



- Penso em fazer em quantidades porque para isso estou aqui, vivo disso. Em toda minha carreira vivi de gols e sei da pressão, é uma responsabilidade e a assumo. Não me surpreende porque faz tempo que venho convivendo com essa pressão. Venho de um clube grande onde também me exigiam muito. É algo lindo também, tenho que transformá-la em uma pressão positiva, vai muito também do que posso fazer - afirmou o atacante, que busca entrosamento.


- A maneira de jogar da equipe quem entende é o treinador, eu que tenho que me adaptar, não a equipe a mim. Tenho que conhecê-los, tanto os meu companheiros, como eles jogam, é um período que nos vai custar um tempo. Espero que seja rápido e possa colaborar com o grupo.


Enquanto ainda procura conhecer melhor o estilo de jogo dos companheiros, Canales admite que está abaixo fisicamente dos demais e que precisa melhorar o seu condicionamento. Mas da parte da lesão, ele garante estar totalmente recuperado e agradeceu o departamento médico pela paciência no primeiro mês de tratamento.


- Estou melhor, o corpo médico do clube fez um trabalho muito bom comigo, tiveram a paciência necessária para que siga melhorando e que comece a entrar em forma. Três meses sem jogar é muito tempo para o nível alto do futebol brasileiro. Não estou no mesmo nível físico e futebolístico dos meus companheiros. Tenho que trabalhar muito para ajudar a equipe.


Com Canales provavelmente de titular, o Botafogo recebe o Bragantino nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), na Arena Botafogo, valendo vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Como empatou o jogo de ida por 2 a 2, o Alvinegro pode ficar no 0 a 0 ou 1 a 1 que se classifica.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro

Jogadores têm reunião com diretoria, e Ricardo faz mistério para a Copa BR


Botafogo com força máxima, time misto ou reservas contra Bragantino? Técnico não dá pistas, e clube antecipa concentração. Dirigentes cobram, mas manifestam apoio




Diretoria do Botafogo esteve pela
manhã em General Severiano e se
 reuniu com elenco (Foto: Thiago Lima)
Um cenário incomum tomou conta do treino do Botafogo na manhã desta terça-feira. A diretoria em peso estava em General Severiano: o presidente Carlos Eduardo Pereira, o vice de futebol Antônio Carlos Azeredo, o Cacá, o vice geral Nelson Mufarrej, o diretor jurídico de futebol Gustavo Noronha e o gerente de futebol Antônio Lopes foram alguns dos que puderam ser vistos no clube. O motivo foi uma reunião com os jogadores. Todos já estavam em campo quando foram chamados de volta para o vestiário. Houve uma conversa rápida, de aproximadamente 10 minutos, onde os dirigentes fizeram cobranças, mas também manifestaram apoio ao elenco. Depois de quadro rodadas, o time voltou para a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro depois da derrota por 2 a 1 para a Chapecoense no último domingo.


Em meio à pressão do Brasileiro, o Botafogo tem que virar a chave para a Copa do Brasil, onde decide uma vaga nas oitavas de final nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), contra o Bragantino na Arena Botafogo - como empatou por 2 a 2 no jogo de ida, o Alvinegro pode até ficar no 0 a 0 ou 1 a 1 que se classifica. Mas a escalação para esse jogo é um mistério. No último treino antes da partida, os titulares fizeram apenas trabalhos regenerativos, enquanto Ricardo Gomes comandava os reservas em uma atividade técnica de ataque contra a defesa, mas trocando os jogadores a todos momento. Com isso, não deu pistas de que irá com força máxima, time misto ou só com suplentes para a competição mata-mata. Mas a tendência é que nomes como Airton, que estava suspenso no domingo, e Canales, que precisa de ritmo, joguem.

Ricardo Gomes não deu pistas sobre a escalação para enfrentar o Bragantino quarta (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Apesar de o Brasileiro ser a prioridade do clube, uma eliminação na Copa do Brasil pode causar uma crise como aconteceu no ano passado, e René Simões, então treinador do time, foi demitido após cair diante do Figueirense nesta mesma fase da competição. Seja por foco ou por questões de logística, já que o Rio de Janeiro começou a receber as delegações para a Olimpíada, fato é que houve uma mudança na rotina, e os jogadores desde já estão concentrados no hotel Ramada - patrocinador do clube - na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Normalmente, quando os jogos são no Rio, o elenco se apresenta só na parte da noite.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro

Titulares! Botafogo vai com que tem de melhor contra o Bragantino



Principais jogadores se concentram para enfrentar o time paulista, nesta quarta-feira



Atletas têm a missão de classificar o Glorioso para as oitavas das Copa do Brasil (Foto: Cleber Mendes/Lancepress!)

É para não dar chance ao azar. Apesar do treino cercado de mistério e até dirigentes assistindo, o Botafogo vai com o que tem de melhor na partida de volta contra o Bragantino, nesta quarta-feira. Os atletas se concentram nesta terça-feira para garantir a classificação do Glorioso na Copa do Brasil.

Havia a expectativa de que alguns jogadores pudessem ser poupados. Na atividade desta manhã, em General Severiano, quem começou jogando no domingo, contra a Chapecoense, foi poupado. A prioridade, porém, parece ser evitar problemas, apesar da atenção natural também ao Brasileirão.

Desta forma, o Botafogo deve entrar em campo com Sidão, Luis Ricardo, Carli, Emerson e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva e Rodrigo Lindoso; Camilo e Salgueiro; Canales.


Fonte: GE/Felippe Rocha/Rio de Janeiro (RJ)

Sem saída, Aquino ganha segunda chance por recomeço no Botafogo


Após ser liberado para procurar outro clube e ficar um mês na geladeira, atacante se entende com diretoria e comissão técnica e volta a ser relacionado para as partidas



Aquino na Arena Condá: atacante
 reapareceu no banco de reservas
após um mês (Foto: Reprodução)
Anderson Aquino andava sumido no Botafogo. Um dos nove reforços contratados para o segundo semestre, o atacante fez sua última partida pelo Alvinegro no dia 22 de junho, no empate por 0 a 0 com o Figueirense em Juiz de Fora (MG). Na época, virou alvo de protestos de torcedores na volta do time ao hotel e se revoltou. A atitude desagradou a diretoria, que encostou o jogador e o liberou para procurar outros clubes. Após um mês na geladeira e sem propostas, ele se entendeu internamente e voltou a ser relacionado para a partida contra a Chapecoense no último domingo, na Arena Condá, em Chapecó (SC). Mas, por enquanto, o ressurgimento foi só no banco de reservas.


Adaptado ao Rio de Janeiro, Aquino comentou com pessoas próximas que está disposto a esquecer o que passou e recomeçar no clube. O atacante, de 29 anos, chegou ao Botafogo em abril e disputou apenas seis partidas, sendo quatro como titular, sem conseguir balançar a rede. Para voltar a jogar, ele terá maior concorrência do que antes: apesar da venda de Ribamar para o TSV Munique 1860, da Alemanha, chegaram ao Botafogo Rodrigo Pimpão e Gustavo Canales, além de Vinicius Tanque ter sido reintegrado ao elenco.


Aquino chegou a receber sondagens, mas não houve proposta principalmente porque uma regra da Fifa impede que negocie com outro clube que dispute competições nacionais. Segundo o parágrafo 3 do artigo 5 do Regulamento de Transferências da entidade que comanda o futebol mundial, um atleta tem o limite de atuar em dois clubes durante uma mesma temporada, o que já foi atingido pelo jogador no Linense-SP e no próprio Botafogo. Para a Fifa, temporada "é o período iniciado com a primeira partida oficial do campeonato nacional relevante, com o término na última partida deste mesmo campeonato". Ou seja, se o atacante tivesse disputado apenas o Campeonato Paulista pelo Linense e não a Copa do Brasil, ainda poderia se transferir.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro