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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Caiu na armadilha: Botafogo derrota Flu em seu estádio com gol de Neilton


Alvinegro vence a segunda seguida na Ilha e segue escalada no Brasileirão. Tricolor perde chance de encostar no G-4, em clássico disputado em gramado muito ruim



Apesar do gramado em péssimo estado, a Arena Botafogo segue como aliada decisiva para o Botafogo no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, o Alvinegro recebeu o Fluminense na Ilha do Governador e venceu o clássico por 1 a 0, gol de Neilton. O time se mantém invicto em seu campo no Nacional, com três vitórias e um empate no local, impedindo o rival de encostar no G-4. 

Neílton festeja o único gol do jogo (Foto: Ag Estado)

Se não fossem por duas bolas na trave, o primeiro tempo teria sido de uma pobreza de dar dó. Prejudicados pelo péssimo estado do gramado, os times se desentenderam mais do que criaram. Foram algumas discussões e uma falta violenta de Edson em Bruno Silva, que rendeu amarelo ao volante tricolor. De bom, um cruzamento espirituoso de Wellington, que enganou Sidão e bateu na trave, aos 13min. O troco do Botafogo veio apenas aos 38, com Camilo acertando o travessão na pequena área. A essa altura, o Flu tinha Júlio César em seu gol, já que Diego Cavalieri saiu machucado aos 24, após sentir a coxa numa cobrança de tiro de meta.


Na segunda etapa, o gramado acabou chamando a atenção no gol alvinegro. Após cruzamento na área tricolor, Bruno Silva esticou a perna e pegou de primeira. A bola quicou e enganou o zagueiro Henrique, que foi encoberto. Neilton, oportunista, marcou aos 4. O Flu quase empatou aos 13, mas Willian Matheus acertou a trave. Depois, os times continuaram com a mesma dificuldade da etapa inicial em criar. Aos 48, Magno Alves mandou rente a trave de Sidão e desperdiçou a última chance tricolor.

Com a vitória, o Botafogo chegou aos 32 pontos e está a apenas dois do Fluminense. Na próxima rodada, o Alvinegro joga no Mineirão contra o Cruzeiro, domingo, às 16h. O Tricolor atua na segunda-feira contra o Atlético-MG, em Edson Passos, às 20h.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro

Jair festeja vitória em clássico contra o Flu: "Com a cara da nossa equipe"


Treinador vê Botafogo com mais volume de jogo em seu primeiro clássico comandando a equipe alvinegra





Jair Ventura gostou do que viu. Apesar do jogo fraco tecnicamente, o treinador do Botafogo festejou a vitória contra o Fluminense em seu primeiro clássico à frente do Alvinegro. Para ele, o seu time teve mais volume de jogo que o rival e mereceu vencer por 1 a 0, gol de Neilton.


- Heroica, não. Tivemos maior número de finalizações. É lógico que quando a gente sai na frente, acaba mudando a estratégia. Foi uma vitória com a cara da nossa equipe, um time competitivo, brigando até o último minuto em um clássico. O primeiro a gente não esquece - disse o técnico.

Jair Ventura durante Botafogo x Fluminense (Foto: LUCIANO BELFORD/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)

A entrevista completa de Jair:


BRUNO SILVA
O Bruno vem fazendo bem essa função. Ele faz um balanço defensivo e ajuda bastante o lateral que está jogando, hoje foi o Diego. Isso mostra a força do grupo, falei antes. Teria que ser dessa maneira. A gente veio com quatro desfalques. Qualquer equipe do mundo sente falta, não pela qualidade técnica, mas pelo entrosamento, ritmo de jogo, isso acaba dando um entrosamento maior. Sonho de qualquer treinador é repetir a equipe. Nessa sequência de 11 jogos seguidos não tem como não perder alguém. O Airton saiu com um incômodo, a gente não sabe a situação. Mas não vamos reclamar, bola para frente.

ARENA
Importantíssimo. É a nossa casa, a torcida veio, empurrou o time. A torcida esteve com a nossa equipe, isso que a gente precisa, está tudo mundo de parabéns. A gente sabe do esforço que o presidente fez, a diretoria fez, para montar essa arena, e agora começa a dar os resultados.

DESFALQUES
É difícil e preocupa, lógico. Seria hipocrisia dizer que não. Mas vamos lá, a gente vai adequando, improvisando, vai tentando da melhor maneira por meritocracia para ajudar a equipe.

BOA FASE DO ATAQUE
Hoje na preleção falei para o Nei: atacante vive de gol, mas o jogador pode me ajudar de outras maneiras, não só fazendo gols. O Neilton no último jogo foi o maior ladrão de bola depois dos três volantes. Mais que os zagueiros e os laterais. Essa é a importância de o atacante jogar para a equipe. Um dia faz o Sassá, outro ele. O treinador quer equilíbrio. Estamos cada vez mais buscando.

G-4?
Enquanto não fizermos 46, 47 pontos, não vai mudar nada. Nosso time é de guerreiros, sem a bola de operários, competitivo. Por isso vai ter dificuldade com as lesões porque jogamos a 110%. A gente não pensa no G-4, não. Primeiro é se livrar de vez do rebaixamento. Quando peguei a equipe estava no Z-4.

VICTOR LUIS AO LADO DO DIOGO BARBOSA
Quando ganha fica mais fácil, o povo fala: "Nossa, que visão". Mas quando perde vira professor pardal. Mas isso é treinado, conversado, já fizemos isso em outras ocasiões. Foi um improviso dentro da partida, o Fluminense vinha forte pelas duas laterais, então fizemos duas linhas de quatro.

CARLI E EMERSON SILVA
Eles estão invictos jogando juntos, isso é bom. Eu bato na tecla da força do grupo. Entrou o Marcelo, menino, estreia dele no time profissional. Falei para ele que tem toda a confiança minha, boto para jogar. Em 2015 entrei com oito da base contra o Bahia lá, não tenho problema em botar para jogar. Idade não quer dizer que você não tenha qualidade, se é bom vai jogar.

LUIS HENRIQUE NO ATLÉTICO-PR
Para mim isso é uma novidade, não estou sabendo.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Presente! Da 7ª série para o clássico, Sassá e Wellington têm "prova inicial"


Amigos desde os tempos de escola, atacantes se enfrentam pela primeira vez ao se reencontrarem como protagonistas do jogo Botafogo x Fluminense desta quarta-feira




Sassá? Presente! Wellington? Presente! A chamada atualmente é feita por Jair Ventura e Levir Culpi, e os atacantes já confirmaram presença no Clássico Vovô desta quarta-feira, às 16h (de Brasília), na Arena Botafogo, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas há aproximadamente dez anos a dupla de Botafogo e Fluminense respondiam para os professores na sala de aula do Colégio Percepção, em Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro. Amigos desde os tempos de escola, os dois estudaram, e jogaram, juntos na sétima série – atualmente oitavo ano – e hoje se reencontram pela primeira vez como rivais e destaques de seus times.

Fichas de Wellington e Sassá, amigos desde os tempos de escola em Irajá e hoje rivais (Foto: Arquivo Pessoal)


O alvinegro é um dos artilheiros da Série A com 10 gols, e o tricolor mudou a cara de sua equipe com grandes atuações desde que retornou da Europa. Mas se foi o tempo da "panelinha" da escola, e agora é para valer. Em vez de prova final para passar de ano, vai ser "prova inicial" para ver quem leva a melhor na primeira disputa entre os velhos amigos.


– Começamos uma amizade mais forte no colégio. A gente gostava de jogar no mesmo time, fazia a nossa panela. Será um dia especial para ele e para mim. Está em uma fase incrível, fazendo gol em quase todos os jogos, espero que não faça contra a gente – contou Wellington.


Wellington (esq.) em competição pela
escola em Ohio, nos EUA, em 2005
(Foto: Arquivo Pessoal)
E quem tirava as melhores notas?


– Eu, sou mais inteligente (risos). A gente dividia a mesma sala, mas nós nunca jogamos contra. Ele foi embora (para a Europa) muito cedo – brincou Sassá.


Responsável pela parte esportiva do colégio, Alessandro Seixas lembra da "panelinha".


– Eles eram tranquilos. Sassá sempre foi bom aluno, nunca deu trabalho. Wellington era mais atirado nas garotas, mais galanteador. Mas eles estudavam bastante, eram dedicados, e jogavam no time do colégio junto com Rafinha (ex-Fluminense), Camacho, Diego Maurício e Muralha (ex-Flamengo), Christiano (ex-Vasco)... A gente tem uma geração boa – destacou, respondendo rápido se a dupla era titular.


– Sim. Quem iria barrar eles? (risos)


Se Sassá e Wellington estão confirmados, os demais componentes do clássico ainda não. No Botafogo desfalcado por quatro jogadores, Jair fez mistério, fechou o treino e escondeu a escalação, mas o GloboEsporte.com apurou que Emerson Silva, Diego e Dudu Cearense serão os substitutos dos três titulares que estão fora. No Fluminense, Wellington chegou a dar um susto na comissão técnica ao deixar o treino de segunda-feira com dores, mas se recuperou a tempo junto com Gustavo Scarpa, outro destaque da equipe.

Prováveis escalações do Clássico Vovô têm Emerson Silva, Diego, Dudu e Pierre como novidades (Foto: Arte Esporte)

Esta será apenas a segunda vez que Botafogo e Fluminense se enfrentam na Ilha do Governador. No único duelo, dia 14 de julho de 1992, vitória tricolor por 1 a 0 pelo Campeonato da Cidade. Computando todas as competições e amistosos, as duas equipes já travaram 353 confrontos, com 130 vitórias do Flu, 117 do Bota e 106 empates, com 553 gols tricolores e 505 alvinegros. Já no século XXI, a vantagem é alvinegra: 19 triunfos, 17 derrotas e 21 empates.


BOTAFOGO X FLUMINENSE

Local: Arena Botafogo, Rio de Janeiro (RJ)
Data e horário: quarta-feira, 16h (horário de Brasília)
Escalação provável do Bota: Sidão, Diego, Carli, Emerson Silva e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Dudu Cearense e Camilo; Neilton e Sassá
Escalação provável do Flu: Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Pierre, Cícero, Marquinho e Scarpa; Wellington e Dourado
Desfalques do Bota: Jefferson, Lindoso, Luis Ricardo e Fernandes (DM) e Emerson (suspenso)
Desfalques do Flu: Jonathan (DM)
Pendurados do Bota: Airton, Fernandes, Renan Fonseca, Sassá e Aquino
Pendurados do Flu: Danilinho, Douglas, Jonathan, Maranhão, Pierre, Wellington e William Matheus
Transmissão: Premiere, Premiere HD e PFCI (com Antero Neto e Raphael Rezende)
Arbitragem: Rodolpho Toski Marques (PR) apita a partida e será auxiliado por Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR)


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar, Thiago Lima e Vicente Seda/Rio de Janeiro

Desfalques abrem espaço, e Bota terá 4 novidades do sub-20 no clássico


Campeões carioca e finalistas do Brasileiro da categoria, Marcinho, Marcelo, Matheus Fernandes e Bochecha são relacionados e ficam no banco contra o Fluminense




Os quatro desfalques que o Botafogo terá para a partida contra o Fluminense, nesta quarta-feira, abriram brecha para a garotada no clássico. Destaques da equipe sub-20, Marcinho, Marcelo, Gustavo Bochecha e Matheus Fernandes treinaram nesta terça-feira e foram relacionados para o clássico. Deles, apenas o primeiro já participou de um jogo oficial pela equipe profissional.



Os quatro são alguns dos protagonistas da equipe sub-20, campeã carioca e finalista do Campeonato Brasileiro da categoria. Capitão e autor do gol contra o Coritiba que colocou o Botafogo na fina, o zagueiro Marcelo Benevenuto será integrado definitivamente ao elenco profissional após a decisão contra o Corinthians.



- Estou muito feliz de, mais uma vez, ser relacionado para um jogo do profissional, ainda mais se tratando de um clássico. Estou vivendo um momento especial com o sub-20, mas concentrado nesse jogo contra o Fluminense. Agradeço o cuidado e o carinho que todos do clube estão tendo comigo nesse momento de transição – disse Marcelo, que teve partes de seus direitos adquiridos nesse ano junto ao Resende e renovou contrato até 2019.



Marcinho foi integrado ao elenco profissional em janeiro, mas fez apenas três jogos. O lateral, que também atua como meia, vinha treinando com o grupo principal, mas desceu para disputar a reta decisiva do Brasileiro sub-20. Ele foi relacionado por conta da lesão de Luis Ricardo.



Matheus Fernandes e Gustavo Bochecha são volantes. O primeiro também será integrado definitivamente ao elenco profissional após o Brasileiro sub-20. Bochecha deve ganhar oportunidade definitiva a partir da pré-temporada de 2017.

Além do elenco recheado de jogadores formados no clube, o Botafogo vem recorrendo, por vezes, a garotos das categorias de base em fase de transição. No último domingo, contra o Grêmio, o lateral Victor Lindemberg ficou no banco de reservas por conta da suspensão de Diogo Barbosa.



Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro