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sábado, 1 de outubro de 2016

G-4? Jair festeja vitória em briga contra a degola: "Não caio em armadilha"


Após bom resultado contra o Corinthians e subida para os 41 pontos, treinador evita falar em chances para Libertadores: "Já vi cada coisa. Pés no chão", pede


Jair Ventura festeja vitória do Botafogo
 (Foto: André Durão)
A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians não mudou o discurso no técnico Jair Ventura. A meta, por ora, segue sendo alcançar os 46 pontos (mais duas vitórias) e acabar definitivamente com qualquer possibilidade de rebaixamento para a Série B. Libertadores? Por enquanto a palavra está proibida.

- Demos mais um passo para o nosso objetivo que é fugir do rebaixamento. No futebol não há certezas. Demos mais um passo. Os torcedores têm todo o direito de falar em Libertadores. O Botafogo é um clube gigante. Eu não falo porque fomos lanternas por duas rodadas. Se falamos em Libertadores e perdemos dois jogos, vão falar que o treinador é marrento. Primeiro vamos conseguir mais duas vitórias, fugir definitivamente do rebaixamento, e a gente vê o que vem aí pela frente. Não caio em armadilha no futebol. Já vi cada coisa. Pés no chão. Tenho que controlar a ansiedade deles – disse Jair Ventura.

O treinador, no entanto, reconheceu que o discurso pode mudar com mais duas vitórias. O Botafogo está com 41 pontos.

- Não quero nem saber de quinta vaga no momento. Vamos chegar primeiro à pontuação. Chegando lá, terei o maior prazer de falar em Libertadores. Por enquanto, não.





Outros tópicos da entrevista

Opção por Tanque

A gente trabalha com meritocracia. O Vinícius treinou muito bem durante a semana, ganhou a oportunidade e nos ajudou com a vitória.


Pênalti para o Corinthians

Não consegui ver. Estava coberto no momento

Torcida

- A torcida é nosso 12º jogador, contamos muito com elas nos apoiando. Ter essa participação maravilhosa acaba empurrando o time. A torcida está de parabéns pelo o que fez hoje


Estreia do Alemão

- Fez uma boa partida, foi exigido bastante, assim como todo o time.

Diogo Barbosa

- Infelizmente, vem acontecendo bastante essa situação (lesões) no Botafogo. Se ele ficar fora, vamos sentir, mas vamos torcer para não ser nada mais grave. Ele vem muito bem com o Victor Luis. O nosso lado esquerdo fica muito forte com os dois

Regularidade

- Todo treinador sonha em conseguir o equilíbrio nos dois tempos, não vejo nessa discrepância. Fizemos um primeiro tempo maravilhoso. Manter no segundo é difícil. Mas estamos sendo bastante regulares


Jefferson ou Sidão?


- O Sidão vive um bom momento. O Jefferson é nossa grande referencia, nosso ídolo, nosso capitão. Queria ter sempre essa dor de cabeça. É bom ter opções. Isso é benéfico para todos, benéfico para o Botafogo

Gramado

- Queria parabenizar a diretoria. O Anderson Simões (vice de Estádios) cuidou do campo. Só treinamos um dia na Arena para tentar melhorar. Mas se o campo estiver ruim, é ruim para todo mundo. A bola é redonda e igual para todos.



Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Botafogo vence, iguala pontuação do Corinthians e fica mais perto do G-4


Com gols polêmicos, cariocas fazem 2 a 0 neste sábado e chegam aos 41 pontos, mesmo número do Timão - que completa cinco jogos sem vitória no Brasileiro






A ascensão do Botafogo e o declínio do Corinthians são resumidos pelo resultado do encontro das equipes na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro. Vitória botafoguense por 2 a 0, sem grandes sustos, diante de um rival que sofreu com a falta de qualidade na criação de jogadas. Os gols de Neílton, irregular, e Diogo Barbosa, polêmico, foram alvos de reclamações dos corintianos. Marquinhos Gabriel ainda perdeu um pênalti.


Agora empatados na tabela do Campeonato Brasileiro, com 41 pontos, os dois times estão em direções opostas. O Corinthians está à frente pelo saldo de gols (6 a 2), mas não vence há cinco jogos pela competição – apenas um ponto somado em 15 possíveis. O Botafogo, por outro lado, chegou à sua terceira vitória nos últimos cinco jogos.


O Timão volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Atlético-MG, às 21h (de Brasília), em Itaquera. O Botafogo enfrenta o Figueirense no domingo, às 17h, em Florianópolis.


Sem os dois principais articuladores do meio-campo, o Corinthians foi nulo no primeiro tempo. As suspensões de Rodriguinho e Giovanni Augusto obrigaram o técnico Fábio Carille a usar uma nova formação: Willians à frente da zaga, Marciel e Camacho mais avançados. Nenhum deles tem características de criação, e a bola praticamente não chegou a Romero.


Neílton e Diogo Barbosa brincam em comemoração: Botafogo não deu chances ao Corinthians (Foto: André Durão)

Ainda assim, o Corinthians tentava – e deixava espaços em sua defesa. Conhecendo cada pedaço do gramado de sua casa, o Botafogo aproveitou contra-ataques para assustar Walter. Se Vinícius Tanque estivesse em tarde inspirada, os cariocas poderiam ir para o intervalo com uma goleada. O centroavante perdeu duas chances frente a frente com o goleiro rival.


Com quase 70% da posse de bola, o Botafogo encontrou seu gol naturalmente. Aos 23 minutos, Neílton dividiu com Yago, encontrou Vinícius Tanque sozinho na área, recebeu de volta e marcou por cobertura, na saída de Walter. Vinícius estava impedido no momento do passe de Neílton, que tocou na bola antes de Yago.

 
Joel Carli e Lucca se estranham durante
 Botafogo x Corinthians: clima quente
 (Foto: André Durão)
Apesar do erro de arbitragem, a zaga corintiana continuou perdida. Exemplo maior: até Fagner, lateral-direito de seleção brasileira, mostrou displicência ao tentar afastar de calcanhar um lançamento longo. A bola explodiu em Diogo Barbosa, que invadiu a área e acertou um chutaço de esquerda. 2 a 0, fácil, fácil. Os corintianos reclamaram de toque na mão do rival.


Em desvantagem, o Timão tentou mudanças no segundo tempo: saiu Marciel, entrou Lucca; saiu Romero, entrou Gustavo. Ninguém, porém, conseguiu resolver o problema da criação de jogadas. Assim, o Botafogo só administrou e tocou a bola. A saída de Neílton para a entrada de Dudu Cearense, um volante, deu o tom do que queria o técnico Jair Ventura.


A única chance real do Corinthians esteve nos pés de Marquinhos Gabriel. Um pênalti duvidoso marcado após toque na mão de Emerson Santos era a oportunidade. Na cobrança, Marquinhos bateu mal, e Sidão cresceu para fazer bela defesa.


O jogo morno só esquentou em disputas ríspidas entre os adversários. Fagner, Lucca, Joel Carli, Dudu Cearense... Todos se envolveram em confusões no segundo tempo. Hoje, porém, Botafogo e Corinthians parecem estar em direções contrárias – cariocas aumentando o sonho pela Libertadores, paulistas cada vez mais longe dela.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro