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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Camilo trouxe mudança "absurda" e é o reforço mais "eficiente", diz Barreto


Apresentador do "Seleção SporTV" afirma que o meia é fundamental em arrancada do Botafogo e transformou o time: "Tem que estar na seleção do campeonato"



De lanterna do Brasileirão, na sexta rodada, à briga por uma vaga na próxima Libertadores: depois de vencer o Figueirense no Orlando Scarpelli, o Glorioso está a um ponto do G-6. Para o apresentador do "Seleção SporTV", Marcelo Barreto, um jogador foi fundamental nessa arrancada: o meia Camilo. O meio-campista estreou na 11ª rodada, com gol e assistência na vitória por 3 a 2 sobre o Internacional, no Beira-Rio. Na visão do jornalista, o camisa 10 trouxe uma grande mudança ao time e é um dos melhores nomes da Série A.


- O Botafogo fez uma mudança no meio do campo, e é impressionante como poucas mudanças resolvem a vida do time. O que o Camilo fez pelo Botafogo é impressionante. Esse rapaz tem que estar na seleção do campeonato, pelo que ele traz de mudança para o time. Talvez tenha sido a contratação mais eficiente do campeonato. O Camilo pode não ser o melhor jogador, mas o que ele traz de mudança de desempenho é um absurdo - disse Barreto.


Camilo comemora gol do Botafogo com Neilton
(Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)
O comentarista Lédio Carmona afirma que o Botafogo foi o time que "mais se transformou" no Brasileirão. O jornalista elogiou o trabalho do técnico Jair Ventura, que substituiu Ricardo Gomes durante a competição.


- A maior transformação, a maior metamorfose do campeonato é o Botafogo. A Arena da Ilha ajudou muito, assim como Edson Passos ajudou o Fluminense. Esse é um ponto, mas ultrapassa isso. O time encaixou com o Jair Ventura, e o trabalho do Ricardo Gomes não era ruim. A última rodada do primeiro turno foi a última derrota do Palmeiras, um grande jogo do Botafogo na Arena da Ilha. O Botafogo venceu por 3 a 1, fez um jogo impecável e ainda era o Ricardo Gomes.


O comentarista Ricardo Rocha lembrou que Jair Ventura está no Botafogo desde 2008, por isso conhece características do elenco que um técnico recém-contratado demoraria a perceber.


- O Jair tem oito anos de Botafogo e conhece bem os garotos. Quando o Botafogo precisou de um lateral direito, ele colocou o Emerson, zagueiro, de lateral. E o Emerson jogou muito de lateral. Outro treinador colocaria um jogador mais experiente, não teria dado essa confiança. O Ricardo deixou um trabalho sólido que foi melhorado pelo Jair.


O Botafogo volta a campo nesta quarta-feira, para enfrentar o Internacional, na Arena da Ilha. O Alvinegro pode entrar no G-6 se vencer. Para isso, depende de um tropeço do Atlético-PR diante do Grêmio ou da derrota do Fluminense no clássico contra o Flamengo.


Fonte: GE/Por SporTV.com/Rio de Janeiro

Sassá alerta Bota para armadilhas do G-6: “Temos que estar leves e soltos”



De volta ao time após um mês, atacante não quer pressão por vaga na Libertadores nem por artilharia: “No único jogo que entrei com essa preocupação, só fiz besteira”



Após cinco jogos fora de combate por conta de uma lesão muscular, Sassá retornou ao Botafogo no segundo tempo contra o Figueirense. Um dos protagonistas da reação alvinegra, o atacante encontrou um cenário diferente. Livre da ameaça do rebaixamento, o time carioca desponta como um dos favoritos na disputa por uma vaga na Libertadores, especialmente depois que Campeonato Brasileiro ganhou mais duas vagas. Motivo para celebrar? Para o artilheiro, o time não pode cair nessa armadilha.


- Estamos curtindo o momento. Estamos ganhando, embalando nas vitórias. Se for para irmos na Libertadores, acontecerá naturalmente. Temos que pensar jogo a jogo. Só assim vamos conseguir nosso objetivo. Temos que estar leves e soltos. Se colocar essa pressão de Libertadores, vamos cair nessa armadilha – sentenciou o atacante.

Faça as contas e simule o que pode acontecer com seu time


O que não mudou nesse mês afastado dos gramados foi a briga pela artilharia. Nesse período, os artilheiros do Brasileiro, Gabriel Jesus (Palmeiras) e Robinho (Atlético-MG), com 11 gols cada, abriram somente um gol de vantagem para Sassá (10), que segue forte na disputa. O pensamento, no entanto, é o mesmo da Libertadores. Por ora, não há motivos para pensar nisso.


- No único jogo que entrei com a preocupação de artilharia, só fiz besteira. Então vou viver o momento, estou feliz.


Sassá não quer Botafogo pensando em Libertadores (Foto: Marcelo Baltar)


Poupado do primeiro tempo contra o Figueirense, após um mês de inatividade, o atacante acredita estar pronto para jogar 90 minutos contra o Inter.


- Eu quero jogar. Mesmo sem uma perna, quero estar dentro do campo. Fiquei um mês fora, estava perdendo o foco... e depois que voltei ao convívio, as coisas já voltaram para o lugar. Tô feliz e quero ajudar, estar junto com a rapaziada e espero que eu possa voltar.


Na sétima colocação, com 44 pontos, o Botafogo recebe o Inter, nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), no Estádio Luso Brasileiro, a Arena Botafogo.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Análise (matemática): o Botafogo já pode falar em Libertadores? Entenda!


A um ponto do G-6 e 11 à frente do Z-4, Alvinegro tem uma chance em um trilhão de ser rebaixado e pode perder todos os jogos que ainda terá mais de 50% de se salvar




Chegou a hora de o Botafogo mudar o discurso! O clube já pode, sim, falar em Libertadores. Afinal, está muito na briga: a um ponto do G-6, que ainda pode virar G-7 se o campeão da Copa do Brasil for um dos que terminará o Campeonato Brasileiro na zona de classificação para o principal torneio da América do Sul em 2017. Mesmo com 44 pontos e 11 à frente do Z-4, a comissão técnica alvinegra segue pregando cautela de olho no 47, número mágico para se livrar de qualquer risco de rebaixamento. Mas a própria matemática tranquiliza o time quanto à degola.


Jogadores comemoraram muito no vestiário: festa por rebaixamento distante ou Libertadores próxima? (Foto: Divulgação)

No site "Info Bola", do matemático Tristão Garcia, o Botafogo sequer aparece com porcentagem entre os ameaçados pelo rebaixamento. Mas a reportagem do GloboEsporte.com consultou o especialista, com expertise em probabilidades no futebol, para saber: qual é o real risco que o time de Jair Ventura corre atualmente? Após o fim da 29ª rodada, as chances de uma queda alvinegra são de 10 elevado a -12 na matemática. E o que isso significa? Calma que ele explica.

Se perder todos os jogos até o final, por 1 ou 9 a 0, e ficar de braço cruzado enquanto os outros jogam, aí ficaria com 47% de risco e 53% de escapar. Ou seja, é a moeda para cima praticamente. Mesmo levando ao exagero, arrebentando com o saldo e tudo, você vê que certamente não rebaixaria"
Tristão Garcia, matemático


– Dez elevado a 6 é igual a um milhão, e 10 elevado a -6 é o inverso, um em um milhão. No caso, 10 elevado a -12 é um milhão vezes um milhão (o que dá um em um trilhão). São grandezas usadas em microcosmos.


Mas e se o Botafogo perder todos os nove jogos restantes, com direito a goleadas? Aí o Alvinegro teria um risco de fato, só que ainda assim com mais chances matemáticas de se salvar do que cair para a Segunda Divisão.


– Se perder todos os jogos até o final, por 1 ou 9 a 0, e ficar de braço cruzado enquanto os outros jogam, aí ficaria com 47% de risco e 53% de escapar. Ou seja, é a moeda para cima praticamente. Mesmo levando ao exagero, arrebentando com o saldo e tudo, vê que certamente não rebaixaria. A demonstração que eu faço é que 47 pontos é uma pontuação segura, mas é evidente que pode escapar com menos. Claro que tem certas coisas que só acontecem ao Botafogo, mas essa não tem como.


E AS CHANCES DE LIBERTADORES?

Defesa do Bota vem sendo ponto forte
 do time (Foto: CRISTIANO ANDUJAR
 / AGIF / ESTADÃO CONTEÚDO)
A pontuação que Tristão aponta como segura para garantir uma vaga no G-6 é de 61 e 62 pontos. Atualmente, sem considerar a hipótese de G-7, o matemático indica ao Botafogo 47% de probabilidade de uma vaga na competição continental do ano que vem. À frente até do Atlético-PR, que tem um ponto a mais (45) e está na zona de classificação, mas com 43%.


– É porque o Atlético-PR tem menos jogos em casa do que o Botafogo. O Atlético-PR joga quatro em casa e cinco fora, enquanto o Botafogo faz cinco em casa e quatro fora, sendo que um desses nem é tão fora assim porque é clássico (contra o Flamengo). Para analisar o momento, que também entra na conta, vejo a média dos últimos seis jogos: tanto Botafogo quanto Atlético-PR estão com média de dois pontos por rodada, média de campeão. A diferença é o fator local – analisou.


E fora a matemática, o Botafogo já pode pensar em Libertadores pelo que vem jogando? Pode! O ataque segue pecando, mas Jair Ventura encontrou uma consistência defensiva louvável, tanto que o time tem a defesa menos vazada do returno com apenas três gols sofridos em 11 jogos. O eficiente sistema de marcação, seja com três volantes ou dois meias, foi destaque nas vitórias fora de casa sobre São Paulo, Cruzeiro, Vitória e Figueirense no último domingo, todas fora de casa. Ainda é cedo para dizer que o Alvinegro não sofre mais da "Camilodependência", mas conseguiu o triunfo no Orlando Scarpelli mesmo com seu camisa 10 apagado em campo.


O Botafogo retorna ao Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira e já se apresenta direto em General Severiano para um treino regenerativo. O time volta a campo já nesta quarta contra o Internacional, às 21h45 (de Brasília), na Arena. Os ingressos já estão à venda com preços promocionais, de R$ 30 e R$ 50, com direito à meia-entrada.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Florianópolis