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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Concorrentes ou parceiros? Carli volta com Marcelo "na janela" e gera dilema


Recuperado, xerifão está confirmado contra o Boavista e fará sua primeira partida em 2017. Por argentino jogar no mesmo lado que o jovem, Jair não descarta "adaptação"



Dá para jogar juntos? Destaques, Marcelo e
Carli atuam pelo mesmo lado do campo
(Foto: Divulgação)
A torcida do Botafogo começou o ano preocupada. Sem Carli, seu grande destaque no setor defensivo em 2016, os receios eram enormes antes das primeiras partidas do time na Taça Libertadores da América. Agora o xerifão argentino está de volta e já foi confirmado no time reserva que vai enfrentar o Boavista neste domingo, em seu primeiro jogo na temporada. Só que o gringo encontrará alguém que chegou agora e "já está sentado na janela" – expressão no futebol para quem está indo muito bem, obrigado: trata-se de Marcelo.


O jovem de 21 anos entrou no time por necessidade e agora não sai mais. Com personalidade de sobra, foi junto com Pimpão o grande destaque nas partidas com Colo-Colo, do Chile, e Olimpia, do Paraguai. Muitos torcedores já imaginam uma dupla dele com Carli, o problema é que eles jogam na mesma faixa do campo, no lado direito da defesa. Se o argentino voltar bem, vai gerar uma dúvida na cabeça de Jair Ventura, que já estuda o caso.


– É uma coisa que a gente tem que estudar, pode ter uma adaptação. Mas é uma situação muito boa, todos os treinadores querem ter jogadores do mesmo nível para as posições. Se tiver dois ou três dá para ficar tranquilo em perder jogador por cartão, lesão... Jogo se ganha com um time, agora, campeonato se ganha com elenco. Por isso é importante ter jogadores do mesmo nível.

É uma coisa que a gente tem que estudar, pode ter uma adaptação. Mas é uma situação muito boa, todos os treinadores querem ter jogadores do mesmo nível para as posições. Se tiver dois ou três dá para ficar tranquilo em perder jogador por cartão, lesão... Jogo se ganha com um time, agora, campeonato se ganha com elenco"
Jair, sobre possível dupla Carli & Marcelo


Marcelo é admirador de Carli, já publicou em redes sociais foto ao lado do argentino, mas nunca jogou com ele. A tendência é que o jovem seja adaptado do lado esquerdo da defesa para poder formar a dupla com o gringo, mas Jair também pode usar o zagueiro como lateral-direito, função que já fez nas categorias de base – para o duelo de volta contra o Olimpia em Assunção, o titular Jonas, por exemplo, está suspenso e não joga. Tudo vai depender de como Carli vai voltar.


Os jogadores do Botafogo se reapresentam na tarde desta quinta-feira no campo anexo do Estádio Nilton Santos, onde Jair começará a montar o time para o Campeonato Carioca – o Alvinegro já está fora da disputa pelo título da Taça Guanabara. Os titulares serão poupados para a partida de volta contra o Olimpia, na próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção. A equipe joga pelo empate para chegar à fase de grupos.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Análise: Bota flerta com o ataque, mas formação "superofensiva" ainda patina


Alvinegro repete quarteto de frente, vence Olimpia assim como fez contra Colo-Colo, mas criando raras chances. Camilo e Montillo seguem sina de pouco jogarem juntos




Jair Ventura é daqueles técnicos sem medo de arriscar e ser feliz. Já escalou times com dois laterais esquerdos, improvisou um zagueiro na função de ala, vira e mexe volta aos três volantes do ano passado quando julga necessário... E agora flerta com o ataque. Não é de hoje que a força do Botafogo, que o levou até a Taça Libertadores da América em 2017, é o intenso poder de marcação de seus jogadores aliado a contragolpes fulminantes. Tanto é que a equipe vem atuando melhor de visitante do que de mandante. Propor o jogo sempre foi uma dificuldade, e o técnico tenta mudar esse cenário com uma formação "superofensiva".

Roger e Cia. tiveram dificuldade para chegar ao gol do Olimpia: centroavante teve uma chance clara (Foto: André Durão)

Na teoria, trata-se de um 4-2-2-2, com duas linhas de homens de ataque de baixo poder de marcação: Camilo, Pimpão, Montillo e Roger. Na prática, os dois primeiros voltam assim mesmo, fazem coberturas, e o time não fica tão exposto. No placar, a tática vem dando certo: venceu o Colo-Colo, do Chile, por 2 a 1 há duas semanas, e na última quarta-feira fez 1 a 0 sobre o Olimpia, do Paraguai, ambos no Estádio Nilton Santos. Só que, nos números gerais, a formação ainda precisa de alguns ajustes. Isto porque foram apenas cinco chances reais de gol em duas partidas, sendo só duas em 90 minutos diante dos paraguaios e a sensação de que cabia mais.


Diferentemente da estreia, o Botafogo na última quarta contou com a formação apenas durante 14 minutos, até Montillo sair com um problema muscular na panturrilha direita. João Paulo entrou em seu lugar e formou uma segunda linha de quatro com Airton, Bruno Silva e Pimpão, que cobria a lateral esquerda, avançando Camilo para jogar mais próximo de Roger – função que seria do argentino. Mas na etapa final Jair voltou a arriscar com mais um atacante, Guilherme, na vaga de um volante, Bruno Silva. O time voltou a ficar "superofensivo", só que continuou com baixo poder de fogo. Além do gol, a única oportunidade clara foi um chute cruzado de Roger.


SINA DA DUPLA CAMILO & MONTILLO

A pergunta da pré-temporada era: Camilo e Montillo podem jogar juntos? Jair garantiu que sim, e até já tinha a fórmula para isso. A expectativa da torcida ficou enorme, mas está difícil ver os dois juntos em campo. Camillo ficou fora da estreia no Carioca por ter sido convocado para a seleção brasileira, com isso o debute da dupla só foi possível no duelo de ida contra o Colo-Colo, porém, sem grande destaque. No duelo de volta, Camilo sentiu a coxa e não jogou. E agora, foi a vez de Montillo sofrer uma contratura muscular na panturrilha após atuar apenas 14 minutos ao lado do camisa 10 diante do Olimpia. Passando a ser dúvida para o duelo da próxima quarta-feira.


Montillo jogou por apenas 14 minutos e segue sina de
 não conseguir atuar muito tempo com Camilo
(Foto: André Durão)
Se por um lado o ataque deixou a desejar, por outro atestou aquele velho ditado do futebol de que "a melhor defesa é o ataque". Com uma formação mais ofensiva, o Botafogo terminou pela primeira vez na temporada uma partida oficial sem sofrer gols. Mesmo tendo ficado por vezes exposto no segundo tempo ao atacar com quatro jogadores, perder a bola e ser contra-atacado. De quebra, espantou um antigo fantasma: a bola aérea, pesadelo do time em 2016 e que decidiu também o último clássico a favor do Flamengo. O chuveirinho também é um ponto forte do Olimpia, mas Marcelo, Emerson Silva e companhia ganharam todas as disputas pelo alto.


Os jogadores do Botafogo se reapresentam na tarde desta quinta-feira no campo anexo do Estádio Nilton Santos, onde Jair começará a montar o time para enfrentar o Boavista neste domingo, às 17h (de Brasília) em Bacaxá, pelo Campeonato Carioca – o Alvinegro já está fora da disputa pelo título da Taça Guanabara. Os titulares serão preservados para a partida de volta contra o Olimpia, na próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção. A equipe joga pelo empate para chegar à fase de grupos da Libertadores.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Profissão herói: Pimpão decide de novo, e Botafogo bate o Olimpia: 1 a 0


Atacante marca de bicicleta, leva torcida ao delírio no Nilton Santos e deixa o Alvinegro em vantagem para a decisão da vaga. Montillo deixa o campo lesionado




O roteiro no Nilton Santos era diferente, mas o protagonista foi o mesmo: assim como no jogo contra o Colo-Colo na segunda fase da Libertadores, Rodrigo Pimpão foi o herói do Botafogo diante do Olimpia nesta quarta-feira. Sem Montillo, lesionado no início do primeiro tempo, e com muita aplicação defensiva, o Alvinegro contou com a estrela do atacante, que de bicicleta definiu o placar de 1 a 0 e garantiu a vantagem para a decisão da vaga na fase de grupos.


No ritmo da torcida, inflamada no Nilton Santos, o Botafogo começou melhor. Apostando na saída pelos lados, com presença de Camilo e Montillo, o Alvinegro, sem muita efetividade, conseguiu pressionar o adversário no campo de defesa. Aos 13 minutos o jogo mudou, muito por causa da saída do argentino, que deu lugar a João Paulo após sentir a panturrilha – lesão diferente da que quase o tirou da partida. O Olimpia aproveitou a mudança de Jair Ventura, avançou as linhas e se aproveitou das muitas faltas próximas à grande área para assustar. 

Pimpão comemora a bicicleta certeira: atacante marcou o único gol do Botafogo (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)


Coube a Rodrigo Pimpão vestir novamente a fantasia de herói e, dessa vez com um golaço, levar o torcedor ao delírio. Em jogada ensaiada – como o próprio atacante destacou na saída de campo -, Jonas cobrou lateral na grande área, a defesa bobeou, e o camisa 7, numa bicicleta sem tanta potência, deslocou Azcona para dar tranquilidade ao clube do Rio de Janeiro.


Jair Ventura foi obrigado a mexer no intervalo: Guilherme entrou no lugar do lesionado Bruno Silva. A primeira boa chance foi do Olimpia, que só não empatou porque Jonathan González, no primeiro lance no jogo, caiu sozinho na área antes de completar o lançamento. O equilíbrio tomou conta da partida, com chances para os dois lados. O Botafogo por pouco não aumentou com Roger, mas viu Helton Leite fazer importante defesa após trombada na área de Marcelo e João Paulo, que deixou Benítez livre para finalizar e parar no goleiro. Na reta final, desgastado fisicamente, a equipe da casa se fechou, levou a melhor em todas as bolas alçadas na área e segurou a vantagem.


Sem sofrer gols em casa e com a vantagem no marcador, o Botafogo decide a vaga na fase de grupos da Libertadores contra o Olimpia na quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Assunção. Antes, no domingo, o Alvinegro encara o Boavista, às 17h, em Saquarema, pela 5ª rodada do Campeonato Carioca.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Jair lamenta lesões, e exalta força do time alvinegro: "Tivemos maturidade"


Treinador comenta que saída de Montillo aos 14 minutos do primeiro tempo atrapalhou o andamento da equipe, mas ressalta que o time conseguiu se reencontrar





Jair Ventura lamentou as lesões de Montillo e Bruno Silva, mas ficou
satisfeito com o resultado do jogo de ida (Foto: Reprodução/Twitter)
Logo aos 14 minutos do primeiro tempo, Jair Ventura teve que lidar com uma importante ausência: o capitão Montillo sentiu dores na perna e foi substituído por João Paulo. O Botafogo, que começou bem a partida, demorou a se reencontrar no primeiro tempo, mas ainda assim conseguiu marcar o único gol da partida. Segundo Jair, a lesão do camisa 7 atrapalhou o que foi pensado para esta noite.


- Quebra todo o planejamento. Você tem uma situação até que não treinamos tanto, mas estávamos decididos a fazer. Quando você perde um jogador importante com 14 minutos, você tem que se reinventar. Nosso time sentiu um pouco sim, demorou um tempinho para se reencontrar. Tivemos maturidade e inteligência. O João Paulo entrou bem, aí equilibrou a partida novamente e conseguimos nosso objetivo.


Além de Montillo, quem também saiu machucado foi o volante Bruno Silva. O volante foi substituído por Guilherme no intervalo e fez com que o Botafogo voltasse à formação original de 4-2-3-1.


- Primeira lesão do Bruno Silva no ano. Deu para ver o desgaste físico no segundo tempo mais uma vez. A gente cansa. Você tem três substituições só, e ainda perde dois por lesão e acava perdendo o gás. Optei pelo Guilherme para ganhar velocidade nas laterais e fica um pouco mais ofensivo. Voltamos melhor, criamos mais, tivemos outras chances de gol, e saímos com esse resultado pequeno, como foi o primeiro, mas importante. Eles são uma equipe competitiva, difícil e com uma bola parada perigosa. Mas estamos de parabéns, temos mais segundo tempo do jogo.


Fonte: Por Thiago Lima/Rio de Janeiro