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segunda-feira, 20 de março de 2017

Sassá fala em ficar e admite erros: "Não dá mais para ficar nessa loucura"


Sincero, atacante revela diálogo com a consciência, admite ter "passado dos limites", promete ser mais polido e assegura que intenção é renovar: "Vou ser titular"




Encostado, em baixa e blindado: há tempos Sassá estava deixado um pouco de lado no Botafogo. Reintegrado ao elenco, o atacante voltou a jogar e nessa segunda-feira reencontrou a imprensa. E em sua primeira entrevista coletiva no ano, ele falou. E como falou. Reconheceu erros, disse que precisa colocar a cabeça no lugar e falou, pela primeira vez, que pretende renovar com o Botafogo.


- Eu parei, tive uma conversa comigo mesmo e decidi que era hora de botar a cabeça no lugar. Muita gente depende de mim, não dá mais para ficar nessa loucura. Chamei, falei: "Irmão, está muito burro. As coisas acontecendo aí e eu dando muito mole". Coloquei a cabeça no lugar, a gente não é santo, mas sei que passei dos limites. Espero conseguir me controlar para fazer um grande ano - disse o atacante, no início da noite desta segunda, no Nilton Santos. 

Sassá Botafogo (Foto: Twitter / Botafogoo)


Outros trechos da entrevista


Erros
As coisas que cometi ano passado não foram nada demais, coisas da idade. Eu fico seis meses sem jogar, do nada começo a fazer um montão de gol, um montão de coisas acontecendo... É normal. Tenho 22 anos, as coisas que eu fazia não tinha tanta repercussão, mas quanto mais eu fazia gol, mais repercussão tinha. Isso que atrapalhou um pouco. Sempre fui a mesma pessoa, só que com mais visibilidade depois. Agora já entendo que não dá para postar tudo, fazer o que a gente pensa. É ficar um pouco mais tranquilo (risos).


Hora de mudar?

Foi quando aconteceu a situação da Libertadores (ficou fora da lista da fase prévia). Aquilo eu não esperava. Depois, cheguei no Paraguai (viajou convidado pela diretoria), me vi voltando a sentir aquele frio na barriga, falei que não dava para ficar vendo jogo na TV, sem poder fazer nada

Arrependido?
De poder estar em uma melhor situação aqui no clube, o que não estou. Maior arrependimento que tenho é esse

Renovação
Aqui é minha casa, quero ficar no Botafogo. Gosto de estar aqui, minha família gosta, espero que eu e o clube nos acertemos o mais rápido possível


Briga pela vaga
Sim, preciso só de ritmo. Voltando a ter ritmo, vou ser titular, vou recuperar meu espaço

Sassá entrou bem no clássico contra o Vasco, neste domingo (Foto: Vitor Silva / SSprsss / Botafogo)

Libertadores x Carioca
São competições diferentes. Tenho certeza que a competição mais importante que a gente tem no ano (Libertadores), mas é o que o Jair fala, temos que entrar no Carioca com o mesmo espírito. A gente vai conseguir, entrar no foco para reverter isso aí


Posição
Eu quero jogar, falei para o Jair. Ele está me colocando pelo lado, estou entrando, mas minha briga é jogar de 9. Mas se tiver brecha ali também, vou querer jogar


Saudade de marcar?
Já tem quantos jogos que voltei? Uns três, e não estou dando nem um susto, nem um chute para o gol. Então quero jogar, voltar a balançar a rede que é o que eu mais gosto

100 jogos pelo Botafogo
Estou feliz, marca pessoal que queria realizar. Graças a Deus consegui realizar essa marca


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro

Jair vê Botafogo superior ao Vasco e cita lição do jogo: "Ser mais cirúrgico"


Técnico alvinegro enaltece atuação do time e mostra preocupação com classificação







O Botafogo ficou no quase contra o Vasco e saiu de campo na noite deste domingo com um gosto amargo após o empate sem gols no Nilton Santos. Para Jair Ventura, o Alvinegro foi superior ao adversário e mereceu ter saído com a vitória (veja os melhores momentos no vídeo acima). Mas sem o resultado, o técnico mostrou preocupação com a classificação: o Alvinegro termina a segunda rodada com quatro pontos, dois atrás de Flamengo e Nova Iguaçu e fora da zona de classificação do Grupo B para a semifinais da Taça Rio. Questionado sobre o que faltou e qual a lição que fica, o treinador respondeu:


– A eficiência. Tivemos muitas chances, mas não fizemos gols. O Pimpão tem muito crédito, é o nosso artilheiro do ano. Acabou tendo a bola do jogo, mas perdeu. Paciência. Quando não cria, liga o sinal de alerta. Agora, nesse caso, é só ter paciência e ser mais cirúrgico na ultima bola para fazer o gol. (...) Um clássico equilibrado, mas se pegar os indicadores o Botafogo foi melhor. Mais posse de bola e finalizações. Na minha opinião, o grande destaque do Vasco foi o goleiro. Depois, o Pimpão ainda teve a chance no fim. O time criou bastante, nós fomos superiores, mas não vencemos. Não estamos na zona de classificação, mas foi um clássico. Vamos treinar para enfrentar a forte equipe do Fluminense – afirmou.

Jair gostou do que viu, apesar de a vitória não ter vindo no clássico contra o Vasco (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Confira outros trechos da coletiva de Jair:

MONTILLO
Ele vai ajudar ainda mais. É o preço que ele paga por jogar onde ele estava jogando (China). Mas a bola cai no pé dele e acontece algo diferente. A evolução física requer tempo. Mas tenho certeza que ele ainda vai dar muitas alegrias para a torcida.


DUPLA CAMILO E MONTILLO

Estou satisfeito, mas pode sempre melhorar. Buscamos a excelência. O Camilo fez um bom jogo. No outro jogo (contra o Estudiantes) tirei o Montillo. Mas o Camilo estava bem no jogo. É uma formação mais ofensiva. Jogamos ano passado todo com três volantes. Abrimos mão para jogar com formação mais ofensiva. Com essa formação estamos conseguindo os resultados. O Camilo está muito confortável, conversei com ele. Ele está entrando na área, como segundo atacante. Estamos no caminho.


PIMPÃO NO BANCO

É o jogador que teve o maior numero de ações em intensidade. A gente tinha que preservá-lo em algum momento. Mas preservar no clássico? Nossa prioridade é o atleta. Não adianta arriscar perdê-lo por mais tempo. Preservamos ele hoje para que esteja numa condição melhor contra o Fluminense


MARCINHO

É um garoto. Ele já havia jogado o clássico contra o Flamengo e fez hoje seu segundo clássico. Temos toda confiança nele. Conversei bastante com o Márcio antes do jogo. Dei bastante confiança, disse no que ele poderia melhorar. Só tem a crescer. Tem muita força, chuta muito forte. Vamos lá. Temos confiança em todos os atletas, e com ele não é diferente.


LEI CAIO JÚNIOR
Falei com o Antônio Lopes. Comentei com ele. Era para ter sido há muito tempo. Treinador não é reconhecido como profissão. Estamos reivindicando os nossos direitos, regulamentação da profissão. Um passo muito grande essa união, temos um grupo de "WhatsApp", todos se respeitam. Nossa classe tem que crescer e brigamos pela nossa regulamentação.

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Fonte: GE/Por Marcelo BaltarRio de Janeiro