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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Jair surpreende e arma Botafogo com Gilson no meio contra o Estudiantes


Sem meias disponíveis, lateral-esquerdo será o substituto do poupado Camilo e jogará improvisado. No ataque, Guilherme herda a vaga de Pimpão, suspenso





Gilson terá função mais ofensiva em novo esquema de Jair (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Exceto por Camilo, poupado, e Pimpão, suspenso, o Botafogo foi com força máxima para buscar o primeiro lugar do Grupo 1 da Libertadores na Argentina. Mas diferente do que todos imaginavam, João Paulo, que já foi camisa 10 no Santa Cruz, não foi o escolhido para jogar mais adiantado no meio de campo contra o Estudiantes, nesta quinta-feira. O GloboEsporte.com apurou que no treino fechado na tarde desta quarta-feira, no CT do River Plate, em Buenos Aires, Jair Ventura surpreendeu e escalou Gilson na função. Sem meias disponíveis, o lateral-esquerdo será improvisado e voltará a fazer a dobradinha com Victor Luis.


Com isso, Airton segue barrado da equipe e ficará como opção no banco de reservas. As outras vagas abertas vão para Guilherme e Emerson Santos. Com características parecidas a Pimpão, o atacante é o substituto imediato do titular, enquanto o zagueiro ganhou a concorrência de Marcelo e volta a atuar improvisado na lateral direita. Se nada mudar, a tendência é que o Botafogo entre em campo com Gatito Fernández, Emerson Santos, Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Lindoso, Bruno Silva, João Paulo e Gilson; Guilherme e Roger.



Guilherme herdará a vaga do suspenso Pimpão contra o Estudiantes (Foto: Divulgação / Botafogo)


O Botafogo enfrenta o Estudiantes nesta quinta, às 21h45 (de Brasília), no Centenário de Quilmes. Para terminar em primeiro do grupo, há três combinações: se o Barcelona de Guayaquil vencer o Atlético Nacional na Colômbia, o Alvinegro precisará ganhar mantendo o saldo dos equatorianos e fazendo um gol a mais que eles; se o concorrente empatar, poderá ser líder com um triunfo ou uma igualdade no placar na Argentina desde que marque um gol a mais que o rival direto; e se o Barça perder, bastará um empate ao time de Jair Ventura. Já eliminados, argentinos e colombianos buscam o 3º lugar, que vai à Sul-Americana.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro

As finanças do Botafogo: a tempestade continua, mas a estrela solitária volta a brilhar


Carlos Eduardo Pereira fez acordos fiscais e trabalhistas, “proibiu" novos empréstimos bancários e adequou gastos às receitas. Ainda endividado, o clube enfim entra no eixo


RODRIGO CAPELO




Nos primeiros dias de 2017, em entrevista ao Globo Esporte, Carlos Eduardo Pereira usou uma metáfora para definir a situação do Botafogo. Disse o cartola que, quando concorreu pela primeira vez à presidência, em 2011, havia uma tempestade no horizonte. Em 2014, quando enfim venceu a eleição, o clube já estava dentro dela. Naquele ano a equipe foi rebaixada pela segunda vez à Série B e indicadores financeiros apontavam para a falência – as dívidas chegaram a R$ 795 milhões sem que houvesse dinheiro suficiente para pagar nem sequer uma fração disso. Passaram-se dois anos com o dirigente na dianteira. Em campo, o time foi campeão da segunda divisão em 2015 e surpreendeu ao ficar em quinto lugar na elite em 2016. Nos aspectos administrativo e financeiro, a tempestade continua. Mas o clube, ao menos, conseguiu um guarda-chuva.

A herança de administrações anteriores é nefasta e ainda ameaça a existência do Botafogo, mas Pereira fez alguns avanços significativos. Um deles, raro no futebol brasileiro, foi adequar os gastos do clube às receitas. O faturamento alvinegro em 2016, de R$ 218 milhões, é um ponto fora da curva. Os direitos de transmissão de 2019 a 2024, negociados antecipadamente com a TV Globo, renderam R$ 58 milhões em luvas – um prêmio pelo acerto. Uma receita que não se repetirá tão logo. Consideremos, então, as receitas recorrentes, sem considerar luvas nem transferências de jogadores. O Botafogo é um clube cuja arrecadação está na casa dos R$ 150 milhões. As despesas, entre remunerações de atletas e gastos administrativos, somam quase R$ 140 milhões. A conta fecha. Esse é o primeiro passo para solucionar a trágica situação botafoguense porque as dívidas só podem ser pagas quando sobra algum dinheiro na operação do time.

>> R$ 5 bilhões em faturamento – entenda por que o futebol brasileiro arrecadou tanto em 2016

No campo das dívidas, o primeiro movimento positivo foi concluído na transição do antecessor Maurício Assumpção para Pereira, em dezembro de 2014. O Botafogo foi inserido no Ato Trabalhista. Isso permitiu ao clube pegar boa parte de suas dívidas trabalhistas, produto da negligência de administrações anteriores em uma década, e entrar no seguinte acordo: o time paga uma quantia mensal, que aumenta com o tempo, e os credores fazem uma fila para receber os valores devidos em dez anos. Assim o passivo trabalhista botafoguense foi reduzido de R$ 285 milhões em 2014 para R$ 253 milhões em 2016. Mais importante do que isso, o acordo alivia o fluxo de caixa do clube. Em vez de perder receitas constantemente, como bilheterias e patrocínios penhorados pela Justiça para pagar ex-atletas e outros credores, a direção passa a honrar com os pagamentos acordados de modo previsível e controlado.

O segundo movimento veio já em plena gestão de Pereira. O time alvinegro, como dezenas de adversários no país inteiro, aderiu ao Profut, a lei federal instituída em 2015 pelo governo de Dilma Rousseff que permitiu aos clubes refinanciar suas dívidas fiscais em até 20 anos. Uma vantagem, aí, foi o desconto de percentuais consideráveis em juros, multas e encargos. Com isso o Botafogo reduziu seu endividamento fiscal de R$ 386 milhões em 2014 para R$ 314 milhões em 2016. Repare que o valor, assim como no caso das dívidas trabalhistas, ainda é assustador. A equipe não gera dinheiro suficiente para pagar tudo de uma vez. Nem perto disso. Mas a dívida fiscal foi equacionada. Desde que não deixem de pagar as parcelas mensais referentes ao Profut, bem como as do Ato Trabalhista, os dirigentes alvinegros não criarão mais problemas.

Resta, ainda, a dívida bancária. Antes de Pereira chegar ao comando do Botafogo, em 2014, essa parcela do endividamento somava R$ 119 milhões. O problema nesse caso é que os empréstimos de instituições financeiras vêm acompanhados de juros, e isso continua a pesar sobre os ombros do cartola. Dois anos depois, as dívidas bancárias continuam a ser problemáticas, com R$ 115 milhões devidos, a maior parte disso em curto prazo. Mas há dois asteriscos a serem colocados aqui. O primeiro é que R$ 35 milhões desse montante correspondem a uma dívida com a Odebrecht que, como ÉPOCA revelou, a construtora não cobra. A tendência é que esse número aumente, aumente, aumente... e prescreva. Não é, portanto, algo com que a diretoria financeira tenha de se preocupar. O segundo asterisco, por sua vez, aponta um comportamento único entre dirigentes da primeira divisão: Pereira praticamente não toma novos empréstimos bancários. Em 2016 foram só R$ 2,4 milhões, enquanto rivais cariocas contaram com dezenas de milhões de reais emprestados.

>> Apesar da bonança financeira em 2016, as dívidas do futebol brasileiro crescem – onde os lucros vão parar?

Ainda há alguns bons motivos para ânimo nos lados de General Severiano. Diferentemente de rivais como Vasco e Fluminense, o Botafogo tem o estádio Nilton Santos sob seu comando. Isso lhe abre possibilidades em termos de bilheterias, como o pacotes de ingressos para a temporada inteira que começaram 2017 com boas vendas, e também comerciais. A direção alvinegra tem mais facilidade para vender camarotes e patrocínios num estádio moderno do que, de novo, o Vasco com num estádio envelhecido e menor como São Januário. A boa performance em campo, com a participação na Libertadores de 2017, torna possível um aumento relevante no faturamento botafoguense nesta temporada. Desde que os gastos sigam controlados, há potencial para redução de dívidas.

Nada do que foi descrito até aqui é suficiente para euforia. Com R$ 172 milhões em dívidas de curto prazo e um orçamento apertado para 2017, o time enfrenta problemas maiores do que o seu porte financeiro. Na condição atual o torcedor pode contar com duas situações ingratas: jogadores terão de ser vendidos no decorrer da temporada e grandes reforços continuam a ser inviáveis. Mais acordos com credores são necessários para aliviar o endividamento que vence no decorrer de 2017. Não tem jeito. Não se resolvem R$ 700 milhões em dívidas em somente duas temporadas. Além disso, qualquer deslize ou extravagância pode tirar o clube do eixo. A tempestade continua. Mas há um punhado de motivos para crer que Pereira começou a tirar o Botafogo debaixo dela.

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Fonte: Época/RODRIGO CAPELO

Cruzeiro se aproxima de Sassá, mas Bota recusa pedida de Élber e mela troca


Alvinegro não chega a acordo financeiro com o meia, que seguirá em Minas. Raposa, por sua vez, já tem acerto encaminhado com atacante e segue negociando a liberação





Sassá por Élber? Botafogo e Cruzeiro não concretizam troca (Foto: Info Esporte)

Uma possibilidade de troca movimentou a quarta-feira do futebol brasileiro: Sassá por Élber. O Cruzeiro se aproximou do atacante do Botafogo e já tem um acerto encaminhado com o jovem de 23 anos, mas o Alvinegro não chegou a um acordo financeiro com o meia, de 24, e o negócio melou. Segundo o GloboEsporte.com apurou, o salário oferecido foi menor do que ele recebe atualmente em Belo Horizonte, e o staff do jogador fez uma contraproposta que não foi respondida. A Raposa, porém, segue em negociação para tentar uma liberação imediata do clube carioca, que tem contrato com o artilheiro até dezembro e exige alguma compensação.


Élber fez 13 partidas na temporada, sendo nove como reserva e quatro como titular. O jogador nunca conseguiu se firmar no time de Mano Menezes. Atualmente, ele está se recuperando de lesão muscular na coxa esquerda, sofrida no começo deste mês, o que também deixou o Botafogo com um pé atrás. Mas o principal motivo é que o Alvinegro concentra seu investimento para contratar um centroavante, prioridade no clube depois do afastamento de Sassá e sem que Joel tenha agradado. A diretoria procura mais um camisa 9 para concorrer com Roger e ser um dos três inscrito nas oitavas de final da Libertadores.


O Cruzeiro, por sua vez, vem negociando com Sassá há mais de uma semana e largou na frente de outros interessados, como o Vitória, por exemplo – o Palmeiras também fez sondagens, mas o técnico Cuca descartou logo depois. O atacante tem convivido com problemas no Botafogo devido ao comportamento extra-campo e vem treinando à parte do elenco. Artilheiro do Alvinegro no ano passado com 14 gols e nesta temporada com sete, ele é visto como solução para os problemas que a Raposa enfrenta de contusões no setor. Rafael Sobis, Robinho e Thiago Neves estão no departamento médico ainda em tratamento.

Fonte: GE/Por Gabriel Duarte, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Jefferson, Arnaldo... Restando uma vaga, Bota busca centroavante para as oitavas


Com possibilidade de três trocas nos 30 inscritos na Libertadores, Alvinegro já tem duas dadas como certas internamente e, sem contar com Sassá, mapeia mercado por um 9 para concorrer com Roger




Jefferson e Arnaldo devem ser inscritos pelo Botafogo nas oitavas da Libertadores (Foto: Info Esporte)


Nesta quinta-feira, o Grupo 1 da Libertadores terá a definição de quem terminará como líder e poderá decidir em casa nas oitavas de final: Botafogo ou Barcelona de Guayaquil, do Equador. Mas o Alvinegro já começa a olhar para frente. Com a classificação assegurada, a diretoria pensa nas três trocas que será possível fazer para a próxima fase na lista dos 30 inscritos no torneio. Internamente, dois nomes já são dados como certos: Jefferson, recuperado depois de uma grave lesão no braço esquerdo que o afastou dos gramados por um ano, e Arnaldo, recém-contratado e único lateral-direito de ofício atualmente à disposição. Restando, assim, uma vaga, o clube decidiu buscar mais um centroavante no mercado.


Se a inscrição de Jefferson se confirmar, ele deve entrar no lugar de Diego, goleiro de 18 anos que chegou a treinar no profissional, mas vem jogando no sub-20. Arnaldo, por sua vez, pode herdar a vaga de algum lateral lesionado, Marcinho ou Jonas. E o centroavante que chegar possivelmente substituirá Canales, que já deixou o clube, ou até mesmo Sassá. Afastado do elenco, o atacante não faz mais parte dos planos da comissão técnica e pode virar moeda de troca em uma negociação – Cruzeiro e Vitória já demonstraram interesse no goleador. Com seu artilheiro na geladeira e sem que Joel tenha agradado, a diretoria vê a necessidade de alguém para concorrer com Roger.



Colombiano Stiven Mendoza foi oferecido ao Botafogo, mas descartado (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)



A chegada de mais um homem-gol é vista como prioridade, mas o Botafogo tem tempo para definir um alvo e negociar. O prazo para as trocas termina 48 horas antes da partida de ida das oitavas de final, que ainda será marcada pela Conmebol, mas tem previsão entre os dias 4, 5 e 6 de julho. Nomes são oferecidos aos montes, o mais recente deles foi do colombiano Stiven Mendoza, que está fora dos planos do Corinthians. O atacante, de 24 anos, foi avaliado e não empolgou o Alvinegro. Mas gringos não estão descartados. O fotebol argentino, por exemplo, agrada e será mapeado aproveitando a estadia do clube no país nesta semana.


Depois das oitavas de final, os clubes que seguirem vivos na Libertadores só poderão fazer mais três trocas, que serão as últimas de acordo com o regulamento, para as semifinais. Antes cotado para a próxima fase, Luis Ricardo deve ter que adiar o sonho da Libertadores para os jogos finais. Ele fraturou o tornozelo esquerdo em setembro do ano passado e foi operado, passou por outra cirurgia na pré-temporada e voltou a treinar no início de abril. Mas até hoje segue em transição. Seu pé ainda inspira cuidados, por isso o clube evita estipular previsão e chegou a tentar contratar mais um lateral-direito, mesmo depois da chegada de Arnaldo.



Luis Ricardo segue treinando à parte e não tem previsão de volta (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


O Botafogo enfrenta o Estudiantes nesta quinta, às 21h45 (de Brasília), no Centenário de Quilmes. Para terminar em primeiro do grupo, há três combinações: se o Barcelona de Guayaquil vencer o Atlético Nacional na Colômbia, o Alvinegro precisará ganhar mantendo o saldo dos equatorianos e fazendo um gol a mais que eles; se o concorrente empatar, poderá ser líder com um triunfo ou uma igualdade no placar na Argentina desde que marque um gol a mais que o rival direto; e se o Barça perder, bastará um empate ao time de Jair Ventura. Já eliminados, argentinos e colombianos buscam o 3º lugar e vaga na Sul-Americana.


Confira a lista completa dos 30 inscritos:
Goleiros: Gatito Fernández, Helton Leite, Saulo e Diego
Zagueiros: Carli, Marcelo, Emerson Silva, Igor Rabello e Emerson Santos
Laterais-direitos: Jonas e Marcinho
Laterais-esquerdos: Victor Luis e Gilson
Volantes: Airton, Bruno Silva, João Paulo, Dudu Cearense, Matheus Fernandes, Lindoso e Fernandes
Meias: Montillo, Camilo e Leandrinho
Atacantes: Roger, Pimpão, Joel, Guilherme, Pachu, Canales e Sassá


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro