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sábado, 7 de outubro de 2017

Botafogo conclui projeto de "adoção" de cadeiras e lucra meio milhão: veja nomes


Clube finaliza o mapeamento dos 10.547 assentos personalizados, entrega os últimos certificados e estende prazo de exposição após atraso. Adesivos tem homenagens, políticos e até torcedores rivais






Mais de 10 mil cadeiras já foram apadrinhadas no Nilton Santos (Foto: Arquivo Pessoal)


A customização do Nilton Santos para as cores preta e branca ficou pronta desde janeiro, mas só agora que o projeto de "adoção" de cadeiras do estádio está sendo concluído com o mapeamento e a entrega dos certificados. Até o momento, 10.476 torcedores pagaram R$ 50 para colocar os nomes nos assentos, o que já rendeu R$ 523.800,00 para o clube.


– Fizemos uma força-tarefa, agora está tudo identificado. Só estamos emitindo os últimos certificados. 70% deles já foram enviados, semana que vem acabamos – prometeu o vice-presidente de comunicação e marketing alvinegro, Marcio Padilha.


O projeto funciona assim:


O torcedor compra o direito no site do Botafogo por R$ 50 e escolhe qualquer nome;
Ele pode escolher o setor do estádio, mas não a cadeira, que é adesivada aleatoriamente;
O clube envia para ele um mapa mostrando a localização da cadeira batizada por ele;
O nome não garante o lugar da pessoa, os assentos não são fixos como nos cinemas;
O "apadrinhamento" da cadeira não é vitalício e dura um ano, depois pode ser renovado.


Como o Botafogo atrasou o projeto e só começou a entregar os certificados em agosto, a diretoria decidiu estender o prazo de exposição de quem já pagou até o segundo semestre de 2018. Quando der um ano da data em que os torcedores receberam a localização de seus assentos, o clube entrará em contato para saber se ele vai querer renovar o "patrocínio" ao Alvinegro.
CADEIRAS "ADOTADAS"


Fonte: Botafogo


O estádio tem cerca de 44.500 lugares ao todo para a personalização individual, mas aproximadamente quatro mil dos bancos sem encosto do Setor Norte não entram na conta – a área possui apenas algumas cadeiras em sua última fileira. O preferido dos torcedores é o Leste Inferior – local dos mosaicos –, que representa quase 50% do total de adesivos (veja acima).


Chama a atenção o número de cadeiras batizadas no Sul, setor que é destinado aos visitantes. O fato de serem torcedores adversários não impediu alguns de participar e ter seus nomes nas cadeiras para os clássicos. O problema é que corre maior risco de depredação. Segundo Padilha, o Botafogo já teve que recolocar adesivos arrancados ou deteriorados desses assentos.




Nome dos falecidos repórteres da Globo, torcedores do Botafogo, estão lá (Foto: Divulgação)


Há ainda mais 71 adesivos que não foram cobrados. E foram justamente os primeiros a serem adesivados: com os nomes de todas as vítimas da tragédia com o avião da Chapecoense no ano passado. O Botafogo prestou uma homenagem póstuma aos falecidos já no amistoso da Seleção – que tinha o alvinegro Camilo na época – contra a Colômbia no Nilton Santos, em janeiro.


Mas não só de homenagens ficaram as cadeiras. Como o nome é livre, tem de tudo um pouco, desde craques do passado a políticos famosos, grupos de torcedores, frases curtas como "boa sorte" e brincadeiras.


Confira alguns adesivos curiosos:




Nome pode vir com brincadeiras desde que politicamente corretas (Foto: Arquivo Pessoal)




Tem o ex-presidente da Câmara dos Deputados, que é 
Flamengo; Dilma Rousseff... (Foto: Arquivo Pessoal)




Setor na Leste Inferior conta com uma espécie de "galeria dos ídolos" do clube (Foto: Arquivo Pessoal)



Torcedores fora do Rio também participam: tem Santa Catarina, Rio Grande do Norte... (Foto: Arquivo Pessoal)




Teve ainda quem não quis representar um estado só, mas sim o Sudeste inteiro (Foto: Arquivo Pessoal)


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro